sexta-feira, dezembro 19

Estréias e dicas da semana

Estréia essa semana o drama português A outra margem no Cine Paradiso. Lá também ainda está a mostra o bacana e mais antigo A culpa é de Fidel.

Crepúsculo e Carga Explosiva 3 são as apostas Hollywoodianas da semana, que devem ser pouco expressivos. Madagascar 2 é fraco mas não ofende.  Esqueça os grandes lançamentos que, nesta época do ano tendem ao baixo risco. A seleção de filmes nacionais voltou a comédia escrachada ou pornochanchada... Aproveite para curtir alguns dos bons filmes que ainda não sairam de cartaz: Ainda dá pra ver o único bom filme brasileiro em cartaz, lá no Campinas Shopping (Box): Ônibus 174. Não perca também um ótimo filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona que ainda está no Galleria Shopping.

segunda-feira, dezembro 15

Curta Petrobrás as 6

O Box (Campinas Shopping) traz a programação do Curta Petrobrás as 6, todos os dias, as 18:00. A programação é rotativa, e infelizmente o site não mostra os filmes em cartas. A Petrobrás patrocina um ótimo site com curta-metragens, todos abertos ao público, confira no Porta Curtas online.

sexta-feira, dezembro 12

Curtas universitários no SESC

Dia 16 deste mês uma mostra de curtas universitários no SESC-Campinas, as 19:30. Ingressos com 1 hora e antecedência. Mais informações na página do SESC.

segunda-feira, dezembro 8

Rede de mentiras (2008)

Nota: 3/5
Mais informações no IMDB

Ridley Scott faz de Body of Lies (Rede de Mentiras) um comentário sobre a "guerra ao terror" e o confronto entre o fundamentalismo islâmico e os valores seculares do ocidente. Faltou criatividade para Leonardo DiCaprio, que nos traz o mesmo mercenário de Diamantes de Sangue - salvo o sotaque. DiCaprio circula paises do oriente médio atrás de uma rede de terroristas - ele trama, atira, planeja, e explode. Falando árabe e demonstrando um conhecimento e um respeito mais profundo pela cultura e tradição dos povos da região, ele incorpora uma visão intermediária entre a postura radical dos fundamentalistas que ele persegue e dos mercenários da CIA que o patrocinam. O foco de Scott é diferente de outros filmes sobre a guerra, e demonstra a ignorância da inteligência americana - extremamente dependente da tecnologia digital e dos avanços bélicos (celulares, aviões, e satélites) frente ao inimígo invisível que planeja no papel, não usa telefones, e vive "no passado". O confronto entre culturas é também um confronto entre os meios e maneiras da guerra. 

domingo, dezembro 7

Queime depois de ler (2008)

Nota: 4/5
Visto no Cine Galleria
Mais informações no IMDB

É difícil não gostar dos filmes dos Irmãos Cohen. MAS - Mesmo para o fã de carteirinha foi difícil engolir o humor em Ladykillers e Intelerable Cruelty, duas das mais recentes tentativas comédicas dos diretores. 

Depois do Oscar de 2008, os irmãos nos trazem Burn After Reading (Queime depois de ler) - um mosaico de pessoas e histórias conectadas por um evento em comum. O evento nós descobrimos logo, mas a conexão entre todos é desvendada ao longo das estupidezes e deslizes dos personagens.

Não espere o humor de riso alto e forte - os risos vem entre os dentes nas frases ásperas ou situações que parecem imposíveis mas são muito bem costuradas pelos Cohen. Deve-se muito aos papéis tão irreverentes atribuidos a cada ator - Brad Pitt é um "alegre" instrutor de academia; John Malkovich é um alcoólatra de temperamento pouco estável e frases marcantes; Frances McDormand rouba a cena (mesma de Fargo) como um cinquentona que se convence que precisa de cirurgia plástica para manter o seu emprego e achar um amor. Se gostou de Raising Arizona, este não vai decepcionar.

quarta-feira, dezembro 3

Voltamos!

Depois de uma briga com o blogger, acho que conseguimos arrumar este layout. Vamos reorganizar nas próximas semanas mas voltam as listas e os posts!

quinta-feira, novembro 27

Mostra Luta



"No Brasil, seis famílias (Civita, Marinho, Frias, Saad, Abravanel e Sirotsky) “produzem” praticamente toda a informação que chega aos 184 milhões de habitantes. Quase sem fiscalização, concentram em suas mãos um poder gigantesco de manipulação, contrariando a legislação federal. Para garantir seus lucros e os de seus investidores, essas famílias não hesitam em criminalizar as lutas dos movimentos sociais e distorcer a realidade vivida pelos trabalhadores. Em Campinas, não é diferente: a Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) monopoliza os meios impressos na cidade e região (Correio Popular, Diário do Povo, Notícia Já, Gazeta do Cambuí, Gazeta de Piracicaba, Gazeta de Ribeirão). É com esse poder que (de)formam a opinião pública, tratando, em geral, as manifestações populares como casos de polícia.

A “primeira Mostra Luta!” surge para afirmar um dos direitos mais básicos do ser humano: o direito à comunicação. De 1 a 6 de dezembro, em Campinas, muitos sem-voz falarão, através de vídeos, sobre sua realidade, sonhos e lutas: a luta dos sem-terra, dos sem-teto, dos sem-trabalho, a luta contra a privatização das nossas riquezas, pela diversidade sexual e pelo acesso à arte e cultura, a luta operária e estudantil, a luta antimanicomial, enfim, a luta geral pela sobrevivência. Esperamos que a população de Campinas não se deixe levar pelo silêncio enorme que nos engole e venha ver, com seus próprios olhos, e discutir, com sua própria boca e cabeça, a realidade que não passa na TV.
"


Mais no site da Camará.

quarta-feira, novembro 12

Mês do filme nacional

A partir do dia 10 de novembro, de segunda à quinta-feira, os ingressos para os filmes nacionais custarão 4 reais.

Mais no site da ANCINE, ou direto nas salas de Campinas.

sexta-feira, outubro 17

Última Parada 174 - pré-estréia na UNICAMP



Pré-estréia na Casa do Lago, além de bate-papo com a equipe de produção do filme.

Excepcionalmente desta vez, devido ao público esperado, os ingressos gratuitos deverão ser retirados na Casa do Lago no do dia 21/10 (terça-feira) a partir das 12h. Apenas um ingresso por pessoa.


APRESENTAÇÃO

As últimas horas da vida de Sandro do Nascimento, 22 anos, o “seqüestrador do ônibus 174”, foram acompanhadas por milhões de pessoas através da TV. O enterro dele foi acompanhado por apenas uma pessoa – sua mãe adotiva. Instigado pelo documentário Ônibus 174 de José Padilha, o diretor Bruno Barreto construiu um relato ficcional para contar a história do encontro de um adolescente órfão e de uma mulher obcecada pela memória do filho. O encontro de duas pessoas à deriva, que teve como desfecho a morte de uma jovem professora e de Sandro, deixando aquela mãe novamente órfã de seu filho.
ÚLTIMA PARADA 174 é um filme sobre a condição humana e não sobre a condição social do Brasil. Sua história, baseada em acontecimentos reais, narra as trajetórias de uma mãe que perde o filho e de um filho que perde a mãe.”, define o diretor.
Apesar de ter dirigido grandes atores do cinema nacional e internacional em 18 longas-metragens, pela primeira vez Bruno Barreto trabalhou com não-atores ou atores com pouca experiência provenientes de grupos teatrais de comunidades carentes do Rio de Janeiro. Entre eles estão Michel Gomes (Sandro), que estréia como protagonista, e Marcello Melo Jr (Alê), em estréia no cinema. Os dois rapazes, Gabriela Luiz (Soninha) e dezenas de figurantes foram preparados pelos irmãos Rogério e Ricardo Blat. Também no elenco estão Cris Vianna (Marisa), Anna Cotrim (Walquíria) e Tay Lopes (Jaziel).
ÚLTIMA PARADA 174 tem roteiro de Braulio Mantovani (Cidade de Deus), fotografia de Antoine Heberlé (Paradise Now), música original de Marcelo Zarvos, brasileiro radicado nos Estados Unidos (The Good Shepherd; Hollywoodland; What Just Happened?), direção de arte de Cláudio Amaral Peixoto, figurinos de Bia Salgado, montagem de Letícia Giffoni, mixagem de som de Bruno Tarrière (León; The Messenger - The Story of Joan of Arc) e som direto de Gillaume Sciama (Indochina; A Professora de Piano).
Em rigorosa reconstituição dos fatos, ÚLTIMA PARADA 174 foi filmado em locações no Centro do Rio de Janeiro, como a Igreja da Candelária, o bairro do Jardim Botânico e as favelas Tavares Bastos e de Curicica, ao longo de oito semanas, entre julho, agosto e setembro de 2007.
O filme é uma produção Moonshot Pictures, Movie&art, Mact Productions, Paramount Pictures e Globo Filmes, com a participação do Canal +.

SINOPSE CURTA:
Uma mãe em busca do filho, um filho que precisa de uma mãe. Um drama comovente que culminou com o seqüestro de um ônibus em plena zona residencial do Rio de Janeiro em junho de 2000. Inspirado em uma história
real.



quarta-feira, outubro 15

O Anjo Embriagado (1948)


Visto no SESC
Nota: 3/5
Mais no IMDB

Sanada, um médico teimoso, atende pacientes na Tóquio destruída pela guerra. Ao encontrar-se com Matsunaga, um mafioso do baixo escalão da Yakuza, procura convencê-lo a se curar da tuberculose, vendo nele sua própria decadência, tanto pessoal quanto nacional. Neste filme de Kurosawa, considerado pelo mesmo como sua primeira obra essencialmente autoral, estão postos lado a lado a luta pela sobrevivência e reconstrução do Japão. A fotografia em preto-e-branco, cenários decadentes e personagens ambígüos ou alienados, dão o tom de film noir. A esperança do médico ao tentar convencer, fervorosamente e sempre, cada pessoa encontrada a cuidar-se, bate de frente com resquícios de um império feudal no qual impõe-se a cultura norte-americana vitoriosa.

quinta-feira, outubro 9

A III Mostra Curta AudioVisual de Campinas

A III Mostra Curta AudioVisual de Campinas será realizada de 17 a 24 de Outubro de 2008, no Museu da Imagem e do Som e na Universidade Estadual de Campinas.

Mais no site oficial.

Vinheta II Mostra Curta Audiovisual - Campinas

segunda-feira, outubro 6

O humor de Charlie Chaplin na Casa do Lago


Em comemoração ao dia da criança, a Casa do Lago apresenta duas semanas com o melhor do humor cativante de Charlie Chaplin. Serão 9 longas e 7 curtas distribuídos em dez dias e trinta sessões, de 06 a 17 de outubro.

Muito raramente a palavra "gênio" pode ser empregada com tanta propriedade quanto ao nos referirmos a Charles Chaplin, comparado por muitos a William Shakespeare. Sim, se o renascimento produziu gênios do quilate de Shakespeare, Bacon, Da Vinci, Maquiavel, a revolução industrial produziu gênios como Freud, Marx e Chaplin.
Nascido na Inglaterra nos últimos lustros do século XIX, a virada do século o encontra menino ainda, paupérrimo, envolto em severos problemas econômicos e domésticos. Filho de artistas fracassados, viu no teatro seu único campo de atuação humana possível. Começava a demonstrar seu enorme talento quando o cinema se impôs como a "sétima arte" atraindo-o irresistivelmente para Hollywood. Ao longo de toda a sua vida, protagonizou, dirigiu, produziu, escreveu e musicou mais de setenta filmes.
Quando percebemos quem foi e o que pensou Charles Chaplin, percebemos como é brilhante aquele que nos leva ao humor pela dor (ou vice-versa, o que é quase a mesma coisa). Poucos conseguiram fazer planger as cordas da nossa sensibilidade com tal grau de maestria!

Fonte: Jornal da UNICAMP.

Veja mais na programação da Casa do Lago na UNICAMP.

quinta-feira, outubro 2

3ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

"No período de 6 de outubro a 6 de novembro de 2008, a 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul leva a 12 capitais brasileiras o olhar singular de cineastas sul-americanos sobre temas, valores e dilemas que dizem respeito à dignidade da pessoa humana. Mais do que isso, essa terceira edição celebra os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é em si um roteiro, um roteiro para a paz na humanidade. Um roteiro no qual somos todos atores e realizadores."

Seguem abaixo os filmes que estarão na programação em SÃO PAULO, de 6 a 12 de outubro:

A vendedora de rosas, Victor Gaviria (Colômbia, 115 min, 1998, fic)
América Minada, Vinicius Souza e Maria Eugenia Sá (Brasil, 27 min, 2007, doc)
Bem Vigiados, Santiago Dellape (Brasil, 14 min, 2007, fic)
Café com Leite, Daniel Ribeiro (Brasil, 18 min, 2007, fic)
Cidade de Papel, Claudia Sepúlveda (Chile, 112 min, 2007, doc)
Coração de Tangerina, Juliana Psaros e Natasja Berzoini (Brasil, 15 min, 2007, fic)
Couro de gato, Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 12 min, 1960, fic)
Crônica de um menino só, Leonardo Favio (Argentina, 70 min, 1964, fic)
Crônica de um sonho, Mariana Viñoles e Stefano Tononi (Uruguai, 95 min, 2005, doc)
Delinqüente, Ciro Durán (Colômbia, 110 min,1978, fic)
Deserto Feliz, Paulo Caldas (Brasil, 88 min, 2007, fic)
Dia de Festa, Toni Venturi e Pablo Georgieff (Brasil, 77 min, 2006, doc)
Do outro lado da ausência, Daniel Rodríguez (Colômbia, 06 min, 2007, doc)
Entre cores e navalhas, Catarina Accioly e Iberê Carvalho (Brasil, 14 min, 2007, fic)
Eu, madre alice, Alberto Marquardt (Argentina-França, 74 min, 2001, doc)
Férias sem volta, Marta Lucia Vélez (Cbia, 52 min, 2007, doc)
H.I.J.O.S., a alma em dois, Guarini e Céspedes (Argentina, 80 min, 2002, doc)
Jaime de Nevares, a última viagem, Céspedes e Guarini (Argentina, 70 min, 1995, doc)
Juízo, Maria Augusta Ramos (Brasil, 90 min, 2007, doc)
Marco Universal – Vários diretores (Brasil, 108 min, 2007, doc)
MBYA, Terra vermelha, Cox e Mapelman (Argentina/Inglaterra, 68 min, 2006, doc)
Meninos de rua, Marlene França (Brasil, 27 min, 1988, doc)
O aborto dos outros, Carla Gallo (Brasil, 72 min, 2008, doc)
O diabo entre as flores, Carmen Guarini (Argentina, 26 min, 2004, doc)
O prisioneiro, Eric Laurence (Brasil, 16 min, 2002, fic)
Oficina Perdiz, Marcelo Diaz (Brasil, 20 min, 2006, doc)
Os esquecidos, Luis Buñuel (México, 88 min, 1950, fic)
Palace II, Fernando Meirelles e Kátia Lund (Brasil, 21 min, 2001, fic)
Pivete, Lucila Meirelles e Geraldo Anhaia Mello (Brasil, 06 min, 1987,doc)
Procura-se janaína, Miriam Chnaiderman (Brasil, 54 min, 2007, doc)
Pulqui, um instante na patria da felicidade, Mouján (Argentina, 85 min, 2007, doc)
Radicais livre(o)s, Marcus Vinicius Fainer Bastos (Brasil, 14 min, 2007, doc)
Ratos e rueiros, Sebastián Cordero (Equador, 107 min, 1999, fic)
Sonhos distantes, Alejandro Legaspi (Peru, 52 min, 2006, doc)
Território vermelho, Kiko Goifman (Brasil, 12 min, 2004, doc)
Tibira é gay, Emilio Gallo (Brasil, 10 min, 2007, doc)
Tire Dié, Fernando Birri (Argentina, 33 min, 1960, doc)
Vam’pra Disneylandia, Nelson Xavier (Brasil, 11 min, 1985, doc)
Vestígios de um sonho, Erich Fischer (Paraguai, 12 min, 2006, doc)
Vítimas da democracia, Stella Jacobs (Venezuela, 43 min, 2007, doc)
Zumbi somos nós, Coletivo 3 de fevereiro (Brasil, 52 min, 2007, doc)

terça-feira, setembro 30

Linha de passe (2008)

Visto no Paradiso
Nota: 4/5
Mais no IMDB

Walter Salles volta ao estilo de Abril Despedaçado (e não a Central do Brasil como alguns críticos apontaram) para retratar uma fatia do cotidiano. Antes o sertão, agora a cidade. Salles escolhe uma mãe solteira com quatro filhos (ao menos um flagrantemente de pai diferente) e um a mais por vir. A história segue as aspirações e dilemas de cada um dos personagens que de maneira particular correm atrás de afirmação e de um futuro. Ao contrário de Casa de Alice, a figura da mãe aqui não é de um pivo, ou pilar da família. Sandra Corveloni (vencedora em Cannes) é mais uma personagem cheia de angústias, dilemas, e problemas do subúrbio de São Paulo. Os problemas são os mais vicerais: dinheiro, religião, moral, confiança, relações familiares. As histórias e os dilemas são entrelaçados em alguns momentos - mas as relações não fazem o filme (Amores Perros). Apesar do estilo pouco envolvente, as histórias são envolventes, a seleção de atores é perfeita, a atuação de todo o elenco é consistente e de alto nível. Prestem atenção em Dario, o jogador de futebol que volta aos filmes de Walter Sales depois de passear pelo Brasil com Fernanda Montenegro em Central do Brasil. Trailer abaixo:


sábado, setembro 27

Ensaio sobre a cegueira (2008)

Nota: 5/5
Visto no Galleria
Mais informações no IMDB

Saramago escreve de uma maneira particular (Memorial do Convento tem um estilo prórpio); fica fácil imaginar o trabalho que deu para criar um screenplay e dirigir este filme. Saramago relutou em autorizar a execução do filme. Quando viu, ouvi dizer, chorou ao finalmente ver as caras dos personagens que criou. Melhor testemunho impossível a seleção dos atores e da qualidade da atuação. Alguns criticam o filme por traduzir cegueira com histeria. É claro desde o início e durante inúmeros momentos que a história utiliza a cegueira como metáfora. Não estamos falando das conseqüências de uma cegueira literal, física, mas das cegueiras que acometem os seres humanos em situações e em relações cotidianas. Nas pequenas perturbações que são necessárias para transformar ações e dimensionar a racionalidade. Não perca, um dos melhores filmes do ano até agora. Mais um na grande carreira de Meirelles.

quarta-feira, setembro 24

Documentário e debate sobre o aborto

"O aborto dos outros" será exibido quinta, às 10 horas, na FCM.

Na quinta-feira (25), às 10 horas, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, acontece a exibição do documentário O Aborto dos Outros, da diretora Carla Gallo. O documentário foi premiado com a menção honrosa no Festival É Tudo Verdade, em 2008, participou da mostra paralela do 36º Festival de Gramado e foi tema do Jornal da Unicamp.

“O Aborto dos Outros” é um documentário sobre maternidade, afetividade, intolerância e solidão. A narrativa percorre situações de abortos realizados em hospitais públicos - previstos em lei ou autorizados judicialmente - e situações de abortos clandestinos. O filme mostra os efeitos perversos da criminalização para as mulheres e aponta a necessidade de revisão da lei brasileira.

O documentário tem a participação dos professores e médicos ginecologistas e obstetras da FCM da Unicamp, Ricardi Barini e Anibal Faúndes. A duração do filme é de 72 minutos. Após a apresentação, será realizado um debate sobre o tema com a presença de Carla Gallo, Ricardo Barini e José Henrique Rodrigues Torres, juiz de direito da Vara do Júri de Campinas. O auditório da FCM fica na rua Tessália Viera de Camargo, 126, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Distrito de Barão Geraldo, Campinas. A rntrada franca.

Assista ao trailer do filme


terça-feira, setembro 23

Mostra Akira Kurosawa no SESC Campinas

Durante todo o mês de outubro, o SESC Campinas traz ao público algumas das primeiras obras do consagrado diretor que popularizou o cinema japonês no Ocidente. Nos 32 filmes que realizou durante a carreira, Akira Kurosawa expressa belas paisagens, sonoridades e angústias humanas. Esta mostra procura enfatizar seus primeiros anos de produção cinematográfica, em que se voltou aos dramas realistas contemporâneos de um Japão pós-guerra.


A Mais Bela
Dia(s) 02/10
Quinta, às 19h30.
Grátis
(Ichiban utsukushiku, JAP, drama, 1944, PB, 85’) Segundo longa-metragem do diretor. Durante a II Guerra, várias mulheres trabalham numa empresa de instrumentos de ótica sob o controle paternalista do diretor da fábrica e lutam para obter a máxima qualidade em condições precárias. Nesta obra, o mestre deixa florescer sua face esquerdista e feminista, em um país que até então não possui em seu vocabulário, a palavra querida.

Domingo Maravilhoso
Dia(s) 09/10
Quinta, às 19h30.
Grátis   
(Subarashiki nichiyobi, JAP, 1947, drama/romance, PB, 108’) Jovem e sua noiva decidem passar o domingo juntos, mas ele tem pouco dinheiro no bolso. Teatro SESC Campinas.
   
Juventude sem arrependimento
Dia(s) 07/10
Terça, às 19h30.
Grátis   
(Waga seishun ni kuinashi, JAP, drama, 1946, PB, 108’) Yukie é uma estudante universitária que vive uma vida relativamente fácil e sem complicações, uma vez que seu pai é um admirado professor da universidade. Mas tudo muda quando ele é destituído do cargo por conta de seu passado como ativista, e o noivo de Yukie - um comunista filho único de família pobre - é levado pela polícia e morto acusado de espionagem. Teatro SESC Campinas.
   
O Anjo Embriagado
Dia(s) 14/10
Terça, às 19h30.
Grátis   
(Yoidore tenshi, 1948, PB, 98’) Poderoso policial noir e drama humano dirigido pelo mestre Akira Kurosawa. Após briga com criminosos rivais, um gangster vai se tratar com médico alcoólatra. Passado logo após a Segunda Guerra Mundial, o filme revelou Kurosawa ao grande público e crítica internacional. Teatro SESC Campinas.
   
O Idiota
Dia(s) 21/10
Terça, às 19h30.
Grátis   
(Hakuchi, JAP, 1951, drama, PB, 166’) Baseado em um romance de Dostoiévski, o filme narra a história de Kameda, que viaja para Hokkaiko e acaba se envolvendo com duas mulheres. A tragédia acontece após uma perceber que não é amada e decidir tomar providências drásticas quanto a sua situação. Teatro SESC Campinas.
   
Rashomon
Dia(s) 16/10
Quinta, às 19h30.
Grátis   
(Rashomon, 1950, drama, PB, 88’) Um lenhador, um sacerdote e um camponês buscam refúgio de uma forte tempestade nas ruínas do Portão de Rashomon. Lá o sacerdote passa a contar um julgamento que testemunhou sobre o assassinato do marido de uma mulher estuprada, sob quatro pontos de vistas diferentes. Ganhador de Oscar honorário e Leão de Ouro em Veneza, este é o segundo filme de sua fase Jidaigeri (filmes históricos samurais). Teatro SESC Campinas.
   

Fonte: SESC

segunda-feira, setembro 22

Pluft, o fantasminha (1965)

Visto no Iguatemi
Nota: 3/5
Mais (mas não muito) no IMDB

Aproveito o Festival Internacional de Cinema Infantil para levar o pimpolho ao cinema. Com 4 anos, produções dirigidas a este público são bem escassas. Além disso, cumpro meu papel de prestigiar eventos culturais a preços camaradas, como é o caso do SESC e do Espaço Cultural CPFL. Um filme apenas, mas se todos pensaram assim é capaz que esteja lotado...

Chego ao shopping rapidamente na esperança de não pegar filas. Doce ilusão... como sempre, tinha mais gente olhando a vitrine da H.Stern ou comendo McPorcarias do que na fila do cinema... ponto pro capitalismo, ponto!

Escolho o filme: entre os disponíveis naquele horário encontro Pluft, o fantasminha, filme nacional de 1965. Pode ser uma boa, já que é uma releitura de uma peça teatral vencedora de vários prêmios, não tem dublagem e a história parece ser simples e atraente para a criança. Conta as peripécias de Pluft, um fantasma que tem medo de gente mas precisa ajudar Maribel e seus amigos a se livrar do pirata Perna de Pau. O filme é, de início, interessante. Década de 60 e filme infantil, mistura de teatro e cinema brasileiro. Mas achei a transposição meio confusa, cenas monótonas que perdiam a atenção do meu filho, planos acelerados para dar comicidade. O som também não estava lá essas coisas, e os closes muitas vezes perdiam o rosto (só para constar, era um DVD sendo exibido). Enfim, ganha nota 3 pela função histórica e pela sala de cinema privê.

OBS: não achei fotos do filme, nem de cartaz nem nada... só da peça...

Meu irmão é filho único (2007)


Visto no Jaraguá
Nota: 4/5
Mais informações no IMDB



O adolescente problemático Accio tenta afirmar-se, buscando suas bases na Igreja e no fascismo decadente. Seu irmão Manrico, seu oposto, é um carismático e ativo comunista. Este conflito familiar-ideológico é abalado por Francesca, namorada de Manrico e por quem Accio se apaixona. Neste filme italiano, faz-se um paralelo entre a vida da família de Accio e os acontecimentos sócio-políticos por quais passam a Itália entre os anos 60 e 70. Os grandes movimentos revolucionários que conhecemos dos livros, principalmente o Fascismo e o Comunismo, são personificados numa família operária do pós-guerra. A camêra no ombro passa a impressão da inconstância daqueles tempos, como também demonstra a conturbada relação que se estabelece entre os dois irmãos. Por um lado, fica o sentimento de que as posições fundamentalistas, no fim, de nada adiantaram. De outro, ao sair da sala de projeção, tudo está quieto demais... Sempre atual, só mesmo a família italiana e sua típica (e bem conhecida nossa ) "casa barulhenta"...

quinta-feira, setembro 18

6° Festival Internacional de Cinema Infantil


O Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) levará uma seleção de 28 filmes para as salas dos complexos da Rede Cinemark em sete cidades brasileiras. A estréia será no Rio de Janeiro e Niterói, de 29 de agosto a 7 de setembro. O FICI reúne títulos inéditos e clássicos, curtas-metragens nacionais e internacionais e animações feitas para a internet, além de oficina e debate.

Realizado com exclusividade na Cinemark desde sua criação, o FICI passará também por Brasília, de 5 a 14 de setembro; na seqüência irá para São Paulo e Campinas, de 12 a 21 de setembro; depois para Belo Horizonte, de 19 a 28 de setembro; e por último, pelas capitais nordestinas Salvador e Aracaju, de 26 de setembro a 5 de outubro.

Uma das novidades do FICI 2008 é a realização do Prêmio Brasil de Cinema Infantil. Sete curtas-metragens nacionais concorrerão a R$5.000,00 em serviços de laboratório oferecidos pela Labocine Grupo de Cinema. Além dessa novidade, neste ano, seis filmes internacionais terão dublagem ao vivo, para que o público mirim entre em contato com dois idiomas diferentes ao mesmo tempo, descobrindo semelhanças e diferenças. Os destaques são o filme sueco Píppi Meialonga nos Mares do Sul, inspirado no livro homônimo de Astrid Lindgren, sucesso da época em que os pais que hoje levam seus filhos ao cinema, eram crianças; e também a Pré estréia especial de Os Mosconautas no mundo da lua, uma bela animação em 3D sobre três mosquinhas rumo à Lua.

A dramaturga Maria Clara Machado será homenageada nesta edição, por sua carreira dedicada ao teatro infantil. A adaptação cinematográfica de uma de suas obras mais conhecidas, Pluft, o Fantasminha (Romain Lesage, 1962) foi incluída na sessão Clássico Brasil, que exibirá também o filme Roberto Carlos em ritmo de aventura, de Roberto Farias.

O Festival trará para o Brasil títulos inéditos e dublados de diversos países na sessão Pré-estréias Internacionais. O destaque é o filme holandês African Bambi, de Alan Miller, que mostra como vivem os antílopes, ou seja, mostra a história real dos animais que inspiraram Bambi, clássico de Walt Disney. Após a exibição deste filme, dentro do projeto O Pequeno Jornalista, um jornalista convidado promoverá um debate com o público infantil sobre os processos de criação de uma crítica, entrevista ou reportagem; no Rio de Janeiro, além do bate papo com o jornalista, as crianças poderão entrevistar também o diretor Alan Miller. Outra atividade que propõe a participação das crianças é a Oficina de Cinema de Animação, que mostrará algumas técnicas utilizadas na criação de filmes de animação. As crianças aprendem e se divertem!

O FICI exibirá também sucessos da Disney-Pixar como Monstros S/A, Toy Story e Vida de Inseto e dará uma nova chance ao público de assistir ao filme A Família do Futuro, em 3D, em salas adaptadas a esse tipo de tecnologia. Teremos também, em nossas salas digitais, a animação As Aventuras de Gui e Estopa, produzida pelo portal infantil Iguinho.

ATIVIDADES:

Oficina de cinema de animação
Com muita diversão, as crianças juntam conhecimentos artísticos e técnicas de animação. Dois núcleos
funcionam simultaneamente: o núcleo de sensibilização com equipamentos ópticos coloca o público infantil em contato com os primórdios do cinema e o núcleo de videografismo possibilita a participação
no processo de animação no computador.

O pequeno jornalista
Nas sessões O Pequeno Jornalista temos a presença de jornalistas que, depois do filme, conversam com as crianças sobre como é fazer uma entrevista, uma matéria ou uma crítica de cinema revelando os bastidores da profissão em uma divertida palestra e a partir daí as crianças escrevem sua própria crítica do filme.

Sessões com dublagem ao vivo
Na sexta edição do Festival Internacional de Cinema Infantil o Cinema fala várias línguas, com uma seleção de filmes de diversas nacionalidades e que serão apresentados em sessões com dublagem ao vivo, onde dois dubladores fazem as vozes dos personagens enquanto o filme é exibido. Nestas exibições, as crianças terão a oportunidade de ouvir tanto a língua original na qual o filme foi realizado como a língua portuguesa.

Prêmio Brasil de Cinema Infantil
A partir desta edição será instituído o Prêmio Brasil de Cinema Infantil, iniciativa que pretende destacar e difundir produções cinematográficas nacionais voltadas ao público infantil. Os curtas selecionados por Cacá Mourthé, Karen Acioly e Andrés Lieban serão exibidos no 6º FICI, na sala digital. O curta metragem premiado ganhará um prêmio no valor de 5.000 reais em serviço na Labocine Grupo de Cinema.

Saiba mais:
Festival de Cinema Infantil
A tela na sala de aula

O 6º Festival Internacional de Cinema Infantil é dirigido por Carla Camurati e Carla Esmeralda e realizado pela Copacabana Filmes e Produções, pela Esmeralda Produções Artísticas e pela Espaço Z Marketing de Entretenimento,e tem o patrocínio da OI, da Light, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Terna e da Rede Cinemark.

Conta com o apoio institucional do Governo Federal, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura 1.954, da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura n° 1940/92 e da Prefeitura da Cidade de São Paulo, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura 10.923/90, com o apoio da OI Futuro, Editora Gráficos Burti, a parceria do Espaço Z Marketing de entretenimento, e a promoção da Globo Filmes. Agradecimentos especiais à Quip, Embaixada da Suécia, Consulado Geral da Suécia no Rio de Janeiro, Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro, Consulado Geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro e Instituto Goethe - Rio de Janeiro.

valeu, Carla!

quinta-feira, setembro 11

Sorria! Você está sendo manipulado!

Workshop de vídeo no SESC Campinas

Podemos acreditar em tudo o que vemos na TV? Os meios de comunicação de massa, sem dúvida, se tornaram mediadores das relações sociais, escolhendo as informações que devem ou não ser transmitidas. A oficina de caráter teórico-prático pretende promover a desconstrução das relações entre sistemas de comunicação, mídia e poder, oferecendo elementos gerais para a leitura crítica e um contato inicial com a gravação e edição de vídeo.

Com Camará Comunicação e Educação Popular. 20 vagas.
Dias 13 e 20. Sábados, das 10h às 17h. Sala de Atividades 1.
R$2,50 (comerciários e dependentes) / R$ 5,00 (estudantes, usuários e professores da rede pública de ensino) / R$ 10,00 (inteira)

terça-feira, setembro 9

Cinema no SESC Campinas


Valeu, Helô!

sábado, agosto 16

FILE em Sampa

Sei que não é de Campinas, mas vamos abrindo alguns pontos de exceção quando necessário. O FILE está acontecendo em Sampa durante o mês de Agosto e reune trabalhos diversos utilizando a linguagem digital. Tem um pouco de tudo, inclusive imagem, som, e movimento. Confira (em português também) no www.file.org.br

quinta-feira, julho 31

A semana da UNICAMP

Dois ótimos programas essa semana na UNICAMP. Na Casa do Lago, o Ciclo Goddard mostra ótimos filmes do cineasta francês seguidos de um Ciclo de Cinema Japonês Contemporâneo. 

Os cinemas que visitamos

Parece então que os grandes reinam - D. Pedro e Iguatemi são os mais frequentados pelos visitantes deste blog (veja os resultados a direita). Bacana notar que temos visitantes nas casas alternativas (devem ser os mesmos 9 que encontramos no Paradiso toda semana).  Nada contra os multiplex que oferecem conforto, segurança e conveniência. Paradiso é história, Jaraguá quase fechando, e o MIS é um patrimônio que merece apoio. A Casa do Lago oferece grande exibições pontuais. 

Será que o resultado é representativo da cidade de Campinas? Vemos os filmes baseados em localidade (vou ao cinema se tiver algo bom no Iguatemi) ou corremos atrás de filmes bons (vou até o Paradiso pra ver a última do Kusturica?). Assunto para a próxima enquete ...

segunda-feira, julho 21

Wall-E (2008)

Visto no Galleria
Nota: 4/5
Mais informações no IMDB

Não sei se é verdade, mas me parece que de cada 100 filmes que saem hoje, 1 é desenho uns 10 abusam tanto dos efeitos especiais que parecem desenhos, e outros 5 são baseados em quadrinhos. Nas telas da cidade, quase 30% dos filmes (ok, 3 filmes) são desta categoria. Recentemente tivemos que aturar algumas versões híbridas de péssima qualidade (Hulk), além de desenhos com o modelo Disney que chega a cansar (menino, mocinha, bandido). Quando eu achava que o modelo estava desgastado, aparece Wall-E, que por ser Disney, obrigatóriamente tem menino, mocinha, bandido. Graças aos produtores no entanto, o filme consegue inovar em outros tantos elementos de sua composição. Um robô se encontra em um futuro (próximo) onde o planeta terra, desabitado, virou uma grande pilha de lixo. O argumento consegue nos apresentar um visão distópica plausível... será que chegaremos a este ponto? Vai em linha com o recente interesse em temas relacionados ao meio-ambiente e tira a Disney dos temas fantasiosos e (mesmo quando bons) batidos do passado. A falta de diálogo presente no início do filme (o robô é sofisticado, mas não precisa falar!) é parte integral da estética do filme - prioriza a expressões e o envolvimento sentimental, o que é certamente uma desafio em um filme que não envolve seres humanos por boa parte do seu script. Um dos melhores desenhos dos últimos tempos, merece ser visto.

sábado, julho 19

Festivais

Estivemos longe, mas vamos voltando! O Festival de Paulínia, em sua primeira edição foi muito "global" e pouco pensado para o público local. Vale a pena esperar o ano que vem para uma nova edição; fomos pouco, vimos quase nada (filme as 18:00? quem consegue chegar?). Agora, programando a ida para mais um Festival de Gramado. Já vale comprar a passagem - começa na segunda semana de Agosto!

quinta-feira, junho 19

AFI/Top 100

Mais uma lista da AFI, desta vez elegendo os melhores filmes em 10 categorias. Vale para recapitular e selecionar alguns para o final de semana:

quinta-feira, abril 10

25 anos do Cineclube Paradiso

A programação preenche abril inteiro e está recheada de coisa boa! Um filme por dia e uma série deles com entrada franca!!!

Mais no site do cine.

Nós e os Outros: Semana do Índio no Cinema

CENTRO DE PESQUISA EM ETNOLOGIA INDÍGENA (CPEI),
CENTRO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS HUMANAS (CACH) E
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS (IFCH)
UNICAMP

convidam

“Nós e os Outros: Semana do Índio no Cinema”
de 14 a 17 de abril, às 18 horas
Auditório I, IFCH - UNICAMP
Programação
  • 14/4/2008, segunda-feira
A´uwê Uptabi - O Povo Verdadeiro (33`/ 1998)
Direção: Angela Pappiani, Belisário Franca,Cristina Simões Floria, Jurandir Siridiwê Xavante
Produção: Associação dos Xavante de Pimentel Barbosa/Núcleo de Cultura Indígena, Brasil, 1998

A’uwê Uptabi, o povo verdadeiro nos transporta para o vasto cerrado do Centro-Oeste do Brasil, para dentro da aldeia Xavante de Eterniritipa. Através da fala dos homens mais velhos da aldeia, em seu idioma tradicional, entramos num tempo antigo, da origem e história do povo Xavante e da chegada do warazu – os brancos - que transformou a paisagem e a vida desse povo. "Esta câmera veio para ser nossa aliada, para revelar para os warazu o nosso pensamento, a nossa verdade", Wabuá Xavante.

Estratégia Xavante (86’ / 2007)

Direção: Belisário Franca
Produção Executiva: Angela Pappiani, Belisario Franca, Jurandir Siridiwê Xavante e Luis Antonio Silveira
Direção de Fotografia e Câmera: Reynaldo Zangrandi
Montagem: Márcia Watzl
Produção: IDETI e Giros

O documentário Estratégia Xavante conta a história surpreendente de oito meninos Xavante, da aldeia Pimentel Barbosa, escolhidos pelo grande líder Apowe, na década de 70, para a missão de aprenderem português e o pensamento dos warazu, os estrangeiros, e retornarem para assumir a defesa de seu território e Tradição.

Convidada: Ângela Pappiani, Coordenadora Cultural do Instituto das Tradições Indígenas (IDETI)
  • 15/4/2008, terça-feira
Serras da Desordem (135’ / 2006)
Direção: Andrea Tonacci
Roteiro: André Tonacci, Sydney Possuelo, Wellington Figueiredo
Fotografia: Aloysio Baulino, Alziro Barbosa, Fernando Coster
Montagem: Cristina Amaral
Elenco: Carapirú Tiramukõn, Camairú, Myhatxiá, Sydney Ferreira Possuelo, Luis Aires do Rego, Estelita Rosalita dos Santos, Wellington Gomes Figueiredo, Talita Rocha
Produtor: Andrea Tonacci
Produtora: Extrema Produção Artística Ltda.

Carapirú é um índio nômade que, após ter seu grupo familiar massacrado num ataque surpresa de fazendeiros, consegue escapar e viver, durante 10 anos, perambulando pelas serras do Brasil central. Capturado em novembro de 1988, a dois mil quilômetros de distância de seu ponto de partida, é levado pelo sertanista Sydney Possuelo para Brasília. Sua história ganha as páginas dos jornais, gerando polêmica entre historiadores e antropólogos em relação à sua origem e identidade.

Convidado: Andrea Tonacci, diretor, roteirista e produtor do filme.
  • 16/4/2008, quarta-feira
Tatakox (23’ / 2007)
Direção: Izael Maxakali
Câmera: Izael Maxakali
Montagem: Renata Otto, Douglas Campelo
Coordenação: Rosangela Pereira de Tugny

Tatakox é um espírito. Tatakox é uma ocasião em que se pode ver os espíritos das crianças mortas. Tatakox é um período ritual de iniciação dos meninos. As mães choram a ausência de seus filhos: aqueles que já se foram e tornaram-se espíritos, e aqueles que estão indo e tornar-se-ão homens. Estes últimos ficarão momentaneamente reclusos na casa de religião para receber instruções sobre as maneiras exclusivas do mundo masculino. Este Tatakox foi filmado por Izael Maxakali na comunidade de Aldeia Verde, no ano de 2007.

Convidado: Izael Maxakali, aluno da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor.
  • 17/4/2008, quinta-feira
500 almas (109’ / 2004)
Direção: Joel Pizzini
Roteiro: Joel Pizzini
Fotografia: Mario Carneiro
Montagem: Ide Lacreta
Elenco: Paulo José, Matheus Nachtergaele, Stefanie Lars
Produtor: Fernando Dias e Maurício Dias
Produtora: Grifa Cinematográfica

Documentário que discute o delicado processo de reconstrução da memória e da identidade dos índios Guató, tribo nômade dada como extinta. Num recenseamento realizado pelo Império no século XIX, a tribo, do Pantanal, somava quinhentas pessoas. Atualmente, apesar do número da população ter se mantido estável, muitos deles estão aculturados, vivendo na periferia das cidades pantaneiras.

Convidado: Dr. Jorge Eremites de Oliveira, professor do curso de Ciências Sociais na Faculdade de Ciências Humanas, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), autor de Guató: Argonautas do Pantanal (1996) e consultor do filme.



domingo, março 16

Proibido Proibir (2007)

Visto no CPFL Cultural
Nota: 4/5

É difícil ser rebelde hoje em dia, seguir princípios sociais e ao mesmo tempo transgredí-los. O filme segue a trilha de outros que exploram e investigam as cruas relações socio-economicas brasileiras. Os amigos (um negro e um branco) fazem parte da massa de pessoas batalhadores que são chamadas de classe-média. Não estão na merda, mas também não sobra nada, o famoso "aqui não tem fartura mas também não tem miséria"- estão sempre na luta. Nisso, o filme diverge de Cidade de Deus e Tropa de Elite, as referências neste assunto. Não fica no eixo playboy/favelado, usuários/forneceder. Essa "classe média" é um pouco de tudo, e é a massa que compõe o Brasil. Aos poucos percebemos como a vida "normal" dos rapazes está conectada com essa rede de relações entre pobres e ricos, os que estão mal e os que estão pior. Por causa de um encontro quase ao acaso, os rapazes tem que enfrentar cara a cara essas tensões sempre latentes. Caio Blat mais uma vez chama a responsabilidade e faz ótima atuação, daí a nota 4 para o filme que começa bem, tem ótimos momentos de humor, mas peca nos momentos sérios e de reflexão.

quinta-feira, fevereiro 28

Retrospectiva de Cinema CPFL 2007

A Retrospectiva de Cinema CPFL 2007 reúne, entre os dias 3 e 20 de março, 13 produções estrangeiras e 11 nacionais. Dos brasileiros, destaque para Santiago (João Moreira Salles) e Jogo de Cena (Eduardo Coutinho) que desconstruíram a idéia de documentário ao incrementar-lhe pitada de ficção. E, por conta disso, reafirmaram porque são os dois melhores documentaristas do Brasil. Mas há outros filmes notáveis, como o tocante Mutum (Sandra Kogut), o hilariante O Cheiro do Ralo (Heitor Dhália) e o polêmico Baixio das Bestas (Cláudio Assis).

Entre os estrangeiros, a seleção inclui filmes de diversas procedências e alguns sucessos de bilheteria, como Ratatouille (Brad Bird e Jan Pinkava) e Homem-Aranha 3(Sam Raimi), e provoca a antiga tensão entre crítica e público. Se bem que, neste caso, houve concordância em quase tudo. Mas o cinema estrangeiro teve momentos grandiosos em 2007, a começar por A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima, do obstinado Clint Eastwood, e A Vida dos Outros, do alemão Henckel von Dennersmarck. Sem falar da volta triunfal de Alain Resnais, com Medos Privados em Lugares Públicos.

Com 24 filmes, a Retrospectiva revisita algumas das obras mais significativas de 2007. Mas não só: ela quer refletir sobre o cinema brasileiro com dois debates (nos dias 13 e 18) sobre mercado e estética, e, assim, fechar um círculo que mescla reflexão, prazer e emoção.


Por João Nunes – curador

João Nunes é formado em teologia e jornalismo. Fez diversos cursos livres de cinema, como documentário, roteiro e direção. É autor dos livros Partido ao Meio (romance) e As Mãos do Pelé (contos de futebol), ambos lançados pela Editora Pontes. Desde 1999 é crítico de cinema dos jornais Correio Popular, onde mantém há quatro anos a coluna semanal No Set, sobre cinema, e Diário do Povo, ambos de Campinas.

fonte: Espaço Cultural CPFL

segunda-feira, fevereiro 18

Tropa ganha o urso

Tropa de Elite venceu o Urso de Ouro em Berlin. Mais um ótimo filme brasileiro premiado no exterior. Veja os links ao lado para ler nossa crítica do filme de Padilha.

Mais informações no Estadão.

domingo, fevereiro 17

No Country for Old Men (2007)

Visto no Cine Jaraguá
Nota: 5/5

Não gosto de detalhar o que acontece nos filmes quando escrevo aqui. Acho que saber até o menor detalhe sobre o filme estraga a ida ao cinema. Prefiro ficar longe de trailers - e se tivesse tido a sorte, da tradução do nome deste filme para português - lastimável - por isso o título em inglês acima. O título fala demais, e ao mesmo tempo mente sobre o filme. Portanto, segue mais uma vez uma reflexão abstrata sobre o longa-metragem, que tem como objetivo convencer sobre o mérito cinematográfico dos irmãos Cohen, que na tradição de Fargo e Big Lebowski, fazem mais um majestoso filme.

O mais novo filme dos irmãos Cohen faz uma bela reflexão sobre a vida, as gerações, e a nossa (falta) de controle sobre o andar do mundo. Como em seus outros filmes, as premisas são quase insignificantes - não existe um grande dilema aparente a se resolver. Mocinhos e bandidos não são fáceis de identificar. Por conseguir construir personagens tão complexos, conseguimos entender ou ao menos simpatizar com as mais bizarras ações e reações que vemos ao decorrer da história. Neste filme, até os psicopatas tem palavra e uma ponta de ética em seu comportamento. Misturando gêneros, principalmente drama e suspense, o filme é mais uma demonstração da habilidade desta dupla de controlar o tempo do filme - nenhum diretor(a) atual o faz tão bem. As cenas como ou sem diálogo não ferem os personagens, e são uma extensão de sua personalidade. O filme transcorre com uma vagarosidade que não entedia, ao contrário - consome o espectador que não consegue sequer piscar, como se estivessemos diante de um filme de ação.

terça-feira, fevereiro 12

Mostra de Curtas no LUME

"Em fevereiro de 2008 a programação do LUME, normalmente composta de cursos, será incrementada com o TERRA LUME. Entre os dias 11 de fevereiro e 1º de março de segunda a quinta-feira a Sede do LUME estará aberta a todos com uma programação que inclui debates, mostra de vídeo, fotografia e apresentações musicais.

MOSTRA DE CURTAS

Em busca de refletir sobre a arte do ator a partir de distintos ângulos e com a possibilidade de novos intercâmbios o LUME Teatro realizará pela primeira vez em sua sede um projeto no campo do cinema com a exibição de curtas metragens."


Onde: Lume Teatro

qui 14/02 - 19h
qui 21/02 - 18h15min (+ intervenções performáticas)
qui 28/02 - 18h30min



fonte: site do LUME.

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sábado, fevereiro 2

Programação do Circuito MIS de Cinema (fevereiro/2008)

CICLO: “NOVO CINEMA ALEMÃO: Werner Herzog”
Curadoria: Celso Zenaro e Guilherme Bertin
  • “AGUIRRE – A CÓLERA DOS DEUSES” - (Aguirre, der Zorn Gottes)
Dia: 1/2/8 (sexta-feira ) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano: 1972 - (Alemanha)
Elenco: Klaus Kinski, Cecilia Rivera, Ruy Guerra, Helena Rojo, Del Negro
Sinopse: Primeiro filme da lendária parceria entre o cineasta Werner Herzog e o ator Klaus Kinski, Aguirre, a Cólera dos Deuses é uma das obras seminais dos anos 70. Em meados do século XVI, o conquistador espanhol Gonzalo Pizarro lidera uma expedição ao Peru, em busca de Eldorado, a mítica cidade do ouro. Um dos seus homens, Dom Lope de Aguirre, consumido pela loucura, sonha em conquistar toda a América do Sul.
100 minutos

  • “O ENIGMA DE KASPAR HAUSER” - (Jeder Für Sich und Gott Gegen Alle)
Dia: 2/2/8 (sábado) - 16h - Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano: 1975 - (Alemanha)
Elenco: Bruno S., Brigitte Mira, Walter Ladengast, Herbert Achternbush.
Sinopse: Baseando-se em registros históricos, Herzog nos conta o estranho caso de Kaspar Hauser, um jovem encontrado perdido numa praça em 1828. Ele não falava e não conseguia ficar em pé. Passara a vida inteira trancado num porão. Morando na casa de uma família alemã tradicional, Kaspar é pressionado a se adaptar ao “mundo exterior”.
Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes.
109 minutos

  • “CORAÇÃO DE CRISTAL” - (Herz aus Glas)
Dia: 8/2/8 (sexta-feira) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano:1976– (Alemanha)
Elenco: Josef Bierbichler, Stefan Güttler, Clemens Scheitz, Sonja Skiba
Sinopse: A história é bastante simples e carregada de simbolismos do romantismo clássico, inteiramente coerentes com a história cultural alemã. O filme se passa no século XVIII, em uma pequena aldeia da Bavária, especializada na produção de cristais. Herzog se dedica a mostrar o processo de decadência e desintegração daquele povoado após a morte do principal vidraceiro, que carrega para o túmulo a fórmula do famoso vidro vermelho da região.
93 minutos

  • FITZCARRALDO” - (Fitzcarraldo)
Dia: 9/2/8 (sábado) - 16h- Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano: 1982 - (Alemanha)
Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy, Miguel Ángel Fuentes.
Sinopse: No final do século XIX, no apogeu do ciclo da borracha, o aventureiro Brian Sweeney Fitzgerald sonha em construir um teatro de ópera na Amazônia peruana. Para realizar seu sonho, faz com que centenas de índios arrastem um barco a vapor de 160 toneladas pelo coração da selva amazônica. Vencedor do Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes.Um espetáculo grandioso dirigido com mestria pelo visionário Herzog.
158 minutos


CICLO: ”Direito dos Animais”

  • “A CARNE É FRACA"
Dia: 13/2/8 (quarta-feira) – 19h - Debate após a Exibição
Direção e imagens: Denise Gonçalves
Ano: 2004
Realização: Instituto Nina Rosa: Projetos por Amor à Vida.
Idealização: Nina Rosa Jacob.
Produção: Nina Rosa Jacob, Denise Gonçalves e Rita de Cássia Garcia.
Edição e imagens adicionais: João Landi Guimarães.
Projeto Gráfico: Ninah Belletato.
Trilha Sonora e Mixagem: Gustavo Martinelli
Classificação: 14 anos
Sinopse: Alguma vez você já pensou sobre a trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? Nós pesquisamos isso para você e contamos nesse documentário aquilo que não é divulgado. Saiba dos impactos desse ato – aparentemente banal – de consumir carne representa para sua saúde, para os animais e para o Planeta. Com os depoimentos dos jornalistas Washington Novaes e Dagomir Marquezi entre outros.
Duração: 56 minutos

  • “NÃO MATARÁS: Os animais e os homens nos bastidores da ciência"
Dia: 14/2/8 (quinta-feira) – 19h - Debate após a Exibição
Direção, roteiro e imagens : Denise Gonçalves
Idealização: Nina Rosa Jacob.
Produção Executiva: Nina Rosa Jacob, Denise Gonçalves e Rita de Cássia Garcia.
Edição: João Landi Guimarães.
Projeto Gráfico: Ninah Belletato.
Produção de áudio: Gustavo Martinelli
Imagens de laboratório: PETA: People for the Ethical Treatment of Animals, BUAV: British Unions for the Abolition of Vivisection.
Classificação: 14 anos
Sinopse: Produtos de limpeza, cosméticos, drogas. Um olhar abrangente sobre um sistema que mata mais do que salva. Os testes que põem em risco a sua saúde e ceifam a vida de milhões de animais. Será necessário? O uso de animais no ensino, o medo dos estudantes em expressar sua rejeição a estes métodos cruéis, a continuidade de um pensamento acadêmico já ultrapassado. Filósofos, cientistas e ativistas revelam o que é mantido em segredo. Depois de saber, você não será mais o mesmo.
Duração: 60 minutos

”NOVO CINEMA ALEMÃO: Wim Wenders”

  • “O ESTADO DAS COISAS” - (Stand der Dinge, Der)
Dia: 15/2/8 (sexta-feira) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Wim Wenders
Ano: 1982 - (Alemanha/EUA)
Elenco: Isabelle Weingarten, Rebecca Pauly, Geoffrey Carey, Roger Corman
Sinopse: Um produtor desaparece com os negativos durante as filmagens num hotel em Portugal. Sem dinheiro para continuar o trabalho, o diretor tenta achá-lo, mas encontra outros problemas. Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival de Veneza.
116 min - Preto-e-branco

  • “ASAS DO DESEJO” - (Himmel über Berlin, Der)
Dia: 16/2/8 (sábado) - 16h- Debate após a Exibição
Direção: Wim Wenders
Ano: 1987 - (Alemanha/França)
Elenco: Peter Falk, Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Otto Sander, Curt Bois.
Sinopse: Dois anjos, invisíveis aos olhos humanos, ajudam a proporcionar conforto para as almas sozinhas e deprimidas após estas passarem para o Outro Lado. Certo dia um deles passa a querer experimentar as sensações que somente os vivos possuem, e resolve abrir mão de sua imortalidade em troca de poder ser um deles. Ele logo descobrirá o amor em uma trapezista de circo. Prêmio de melhor direção no Festival de Cannes.
127 minutos

“NOVO CINEMA ALEMÃO: R.W. Fassbinder”

  • “O DESESPERO DE VERONICA VOSS” - (Die Sehnsucht Der Veronica Voss)
Dia: 22/2/8 (sexta-feira) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Rainer Werner Fassbinder
Ano: 1982 - (Alemanha)
Elenco: : Hilmar Thate, Rosel Zech, Cornelia Froboess, Annemarie Düringer
Sinopse: Vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim, “O Desespero de Veronika Vöss” é umas das obras-primas do cineasta alemão R. W. Fassbinder. Munique, 1955. Um locutor esportivo conhece a decadente atriz Veronika Voss, uma antiga estrela da UFA, a empresa cinematográfica da Alemanha Nazista. Ele começa investigar o seu passado e as razões que a levaram a se viciar em morfina.
105 minutos

  • “O MEDO DEVORA A ALMA” - (Angst Essen Seele Auf)
Dia: 23/2/8 (sábado) - 16h- Debate após a Exibição
Direção: Rainer Werner Fassbinder
Ano: 1974 - (Alemanha)
Elenco:. Brigitte Mira, Irm Hermann, Barbara Valentin, El Hedi ben Salem, Lilo Pempeit
Sinopse: Emmi, uma viúva de 60 anos, entra em um bar de Munique para escapar da chuva. É convidada por Ali para dançar, o que leva a um convite ao apartamento de Emmi, onde os dois passam a noite e começam a namorar. Porém, Ali é negro, muçulmano e 20 anos mais novo. Todos a sua volta começam a questionar e desprezar o envolvimento de ambos.
94 minutos

CICLO: RETROSPECTIVA NORMAN McLAREN
Promoção: Revista Eletrônica “NEGATIVO”
De 25/2/2008 à 1/3/2008


O Consulado Geral do Canadá e o National Film Board do Canadá (NFB) trazem ao Brasil a obra completa, em versão restaurada, do mestre da animação Norman McLaren. A Retrospectiva foi exibida primeiro na Cinemateca Brasileira (São Paulo) e agora viaja pelas principais capitais do país. Composta de 10 programas que reúnem e apresentam os filmes de McLaren a partir de diferentes recortes, técnicos e temáticos, a mostra inclui ainda um documentário sobre o cineasta, inédito no Brasil.
Pioneiro do cinema e fundador do departamento de animação do National Film Board of Canadá, Norman McLaren (1914–1987) é um dos maiores nomes da história do cinema de animação; um artista cujo brilho, criatividade e consciência social continuam a influenciar os cineastas até hoje. Desde as primeiras experiências cinematográficas na Escócia em 1933 até seu último filme no NFB em 1983, o conjunto das obras de McLaren revela talento e criatividade extraordinários, bem como profundas raízes humanistas.
McLaren era artista complexo e criador prolífico, e abriu novos caminhos e possibilidades dentro de um leque amplo de mídias e estilos. Foi um mestre do “filme direto” – ao desenhar e riscar no celulóide, criando até mesmo sons sintéticos ao desenhar sobre pistas ópticas sonoras. Abriu caminho na técnica chamada pixilation, na qual atores e objetos são filmados quadro a quadro e transformados em marionetes. Foi pioneiro na “música visual”, explorando novas maneiras para criar representações visuais da música que ele tanto amou, e outras vezes explorou o movimento puro. Cinema abstrato, surrealista, dança – nenhuma área ficou ausente da incansável imaginação de McLaren.
Norman McLaren, acima de tudo, era movido por um profundo compromisso com o pacifismo, os direitos humanos e a justiça social. Da mesma maneira como foi um inovador na forma, ele liderou a fusão da arte com a consciência social, e este legado inspirou gerações de cineastas engajados em questões sociais.
Restaurar os clássicos de McLaren foi um trabalho de amor de toda a equipe do NFB, reconhecido com um prêmio da Federação Internacional de Bibliotecas Audiovisuais e Comerciais, de Londres, para a Melhor Restauração ou Projeto de Preservação em Arquivos. Ao devolver estas estimadas obras para a grande tela, o NFB trabalha para que todo o mundo redescubra o gênio de um dos animadores mais influentes do Canadá e da história do cinema.

  • Programa MCLAREN CLÁSSICOS (Exibição em DVD, 75’) –
DIA: 25/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
As obras-primas de Norman McLaren – cuidadosamente restauradas por artesãos do National Film Board of Canada (NFB), e apresentadas em 35 mm – reluzem com um novo brilho. Os trabalhos foram restaurados usando materiais conservados no NFB, no Arquivo Nacional do Canadá e na Cinemateca de Quebec. Ao limpar as imagens e as trilhas sonoras dos filmes, os restauradores foram cuidadosos em respeitar o trabalho de McLaren, garantindo que os traços artesanais de suas obras permanecessem evidentes.

Norman McLaren's Opening Speech / Discours de bienvenue de Norman McLaren
(Canadá, 1961, 7’) • Stars and Stripes / Étoiles et bandes (Estados Unidos, 1940, 2’, sem diálogos) • Hen Hop (Canadá, 1942, 4’, sem diálogos) • Begone Dull Care / Caprice en couleurs, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1949, 8’, sem diálogos) • A Chairy Tale / Il était une chaise, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1957, 10’, sem diálogos) • Lines Horizontal / Lignes horizontales, co-dirigido por E. Lambart (Canadá, 1962, 6’, sem diálogos) • Blinkity Blank (Canadá, 1955, 5’, sem diálogos) • Le merle (Canadá, 1958, 4’, sem diálogos) • Neighbours / Voisins (Canadá, 1952, 8’, sem diálogos) • Synchromy / Synchromie (Canadá, 1971, 8’, sem diálogos) • Pas de deux (Canadá, 1968, 13’, sem diálogos)

  • Programa PRIMEIROS FILMES (Exibição em DVD, 77’)
DIA: 26/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
Em 1936, na Escócia, o jovem Norman McLaren participou de um festival de cinema amador. Seu trabalho foi notado por John Grierson, que era membro do júri. Grierson ofereceu a McLaren um trabalho na divisão de cinema dos Correios (GPO) de Londres, onde dirigia trabalhos criativos e inovadores. McLaren começou então a fazer experiências com técnicas de animação sem câmera, tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos (Love on the Wing é sua primeira obra-prima). Enquanto isso, Grierson foi para o Canadá fundar o NFB, e recrutou McLaren para a instituição em 1941. O resto, como dizem, é história.

Beginnings / Les débuts, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • 7 till 5 (Reino Unido, 1933, 13’, silencioso) • Camera Makes Whoopee (Reino Unido, 1935, 25’, silencioso) • Polychrome Fantasy (Reino Unido, 1935, 3’, silencioso) • Book Bargain (Reino Unido, 1937, 8’) • Mony a Pickle, co-dirigido por Richard Massingham e Alberto Cavalcanti (Reino Unido, 1938, 4’) • The Obedient Flame (Reino Unido, 1939, 10’) • Love on the Wing (Reino Unido, 1938, 4’, sem diálogos) • July 4th, 1941 (test), co-dirigido por Guy Glover e outros (Estados Unidos, 1941, 3’, silencioso) • Stars and Stripes / Étoiles et bandes (Estados Unidos, 1940, 2’, sem diálogos)

  • Programa A ARTE DO MOVIMENTO (Exibição em DVD, 80’)
DIA: 27/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
Norman McLaren começou sua carreira rabiscando e desenhando diretamente na película. Os filmes que dirigiu usando esta técnica demonstram seu senso inigualável de movimento. Ao assistirem estes filmes, os espectadores são atraídos pelo puro dinamismo que os fotogramas transmitem. Devemos a McLaren uma famosa afirmação: “O que acontece entre um fotograma e outro é mais importante do que o que acontece em cada fotograma”.

The Art of Motion / L'art en mouvement, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 3’) • Begone Dull Care / Caprice en couleurs, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1949, 8’, sem diálogos). • Lines Vertical / Lignes verticales, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1960, 6’, sem diálogos) • Lines Horizontal / Lignes horizontales, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá., 1962, 6’, sem diálogos) • The Making of Mosaic (test), co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá., 1960-2004, 1’, silencioso) • Mosaic / Mosaïque, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1965, 5’, sem diálogos) • Spook Sport, co-dirigido por Mary Ellen Bute (Estados Unidos, 1940, 8’, sem diálogos) • Fiddle-de-dee (Canadá, 1947, 3’, sem diálogos) • Le merle (Canadá, 1958, 4’, sem diálogos) • Le merle - tests and outtakes / Le merle - test et chutes (Canadá, 1948, 3’, silencioso) • Hoppity Pop (Canadá, 1946, 2’, sem diálogos) • Mail Early
(Canadá, 1941, 2’, sem diálogos) • Mail Early for Christmas (Canadá, 1959, 1’, sem diálogos) • Chaplin Test (Canadá, anos 1940, 1’, silencioso) • New York Lightboard Record (Canadá, 1961, 8’, silencioso) • Birdlings (test) (Canadá, 1967, 4’, silencioso) • Short and Suite (Canadá, 1959, 5’, sem diálogos)

  • Programa GUERRA E PAZ (Exibição em DVD, 71’)
DIA: 28/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
As hostilidades da Segunda Guerra Mundial afligiram muito o jovem Norman McLaren e uma linha pacifista surgiu em seu trabalho. Embora tenha feito filmes destinados a apoiar as tropas e promover o esforço de guerra, McLaren também ficou interessado na natureza dos conflitos, como podemos ver em trabalhos como A Chairy Tale e o famoso Neighbours. Sob o humor existe uma profunda preocupação pelo estado do mundo.

War and Peace / Guerre et paix, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • News for the Navy
(Reino Unido, 1937-1938, 11’) • Hell Unlimited, co-dirigido por Helen Biggar (Reino Unido, 1936, 19’, silencioso) • Snakes (unfinished film) (Canadá, versão de 1943, 1’, silencioso) • Keep Your Mouth Shut (Canadá, 1944, 2’) • Our Northern Neighbour (animated excerpt from "The Wook"), co-dirigido por Tom Daly (Canadá, 1944, 1’) • V for Victory (Canadá, 1941, 2’, sem diálogos) • 5 for 4 (Canadá, 1942, 3’, sem diálogos) • Dollar Dance (Canadá, 1943, 4’, sem diálogos) • A Chairy Tale – Tests and Outtakes / Il était une chaise - tests et chutes, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1956-1957, 4’, silencioso) • A Chairy Tale / Il était une chaise, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1957, 10’, sem diálogos) • A Chairy Tale – Alternate Ending / Il était une chaise - essai pour séquence de fin, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1956-1957, 1’, sem diálogos) • Neighbours / Voisins (Canadá, 1952, 8’, sem diálogos)

  • Programa PINTANDO COM LUZ (Exibição em DVD, 69’)
DIA: 29/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
s filmes que Norman McLaren fez com lápis de cera (La Poulette grise) e giz (Là-haut sur ces montagnes) demonstram notáveis efeitos de luz. Suas origens vêm da fascinação de McLaren pelo jogo de luzes que acompanha o movimento das nuvens no céu. Para McLaren, o movimento é, às vezes, sugerido pelas variações sutis da luz sobre os objetos ou as paisagens. Em outros filmes, como Blinkity Blank, seu trabalho com luzes lembra mais as pirotecnias.

Painting with Light / Peintre de la lumière, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • La Poulette grise (Canadá, 1947, 6’, sem diálogos) • La Poulette grise – test (Canadá, 1947, 4’, silencioso) • Là-haut sur ces montagnes (Canadá, 1945, 3’, sem diálogos) • Là-haut sur ces montagnes – test (Canadá, 1944, 1’, silencioso) • McLaren at Play (tests) (Canadá, anos 1940, 5’, silencioso) • Spheres / Sphères, co-dirigido por René Jodoin (Canadá, 1969, 7’, sem diálogos) • Blurr Test (Canadá, 1956-1957, 11’, silencioso) • The Flicker Film (unfinished film) (Canadá, 1961, 4’, sem diálogos) • Serenal (Canadá, 1959, 3’, sem diálogos). • Pinscreen Tests (Canadá, 1961, 1’, silencioso) • The Seasons / Les Saisons (unfinished film) (Canadá, 1966, 5’) • The Corridor (unfinished film) (Canadá, anos 1950, 1’) • Little Negro (unfinished film) (Canadá, anos 1940, 2’, silencioso) • C'est l'aviron (Canadá, 1944, 3’, sem diálogos) • Bounce Film (test) (Canadá, versão 1960, 1’, silencioso) • Doors (unfinished film) (Canadá, final dos anos 1950, 2’, silencioso) • Blinkity Blank (Canadá, 1955, 5’, sem diálogos)

  • Programa SURREALISMO (Exibição em DVD, 61’)
DIA: 1/3/2008 - 16 horas – Debate após a Exibição
Nos anos 0, Norman McLaren descobriu Fantasmagorie, de Émile Cohl, e A Night on Bald Mountain, da dupla Alexandre Alexeieff e Claire Parker. Ambos os filmes são construídos a partir de uma série de transformações ousadas e apaixonantes. McLaren foi também influenciado pelo pintor surrealista francês Yves Tanguy e em muitas ocasiões adotou uma estética surrealista – transferindo para os filmes as imagens de seu inconsciente. Além disso, alguns de seus trabalhos abstratos e semi-abstratos compartilham também de uma sensibilidade semelhante.

Surrealism / Surréalisme, de Éric Barbeau. (Canadá, 2005, 4’) • A Little Phantasy on a Nineteenth Century Painting (Canadá, 1946, 4’, sem diálogos) • A Phantasy (Canadá, 1952, 7’, sem diálogos) • Essai de paysage à la Tanguy (test) (Canadá., 1944, 1’) • Pen Drawings (test) (Canadá, anos 1940, 2’, silencioso) • The Head Test (unfinished film) (Canadá, 1944, 3’) • Serenal (Canadá, 1959, 3’, sem diálogo) • The Hypnosis Film (test) (Canadá, anos 1960, 1’, silencioso) • Begone Dull Care / Caprice en couleurs, co-dirigido por Evelyn Lambart
(Canadá, 1949, 8’, sem diálogos) • Love on the Wing (Reino Unido, 1938, 4’, sem diálogos) • Surrealistic Hand Drawing (unfinished film) (Canadá, 1939-1945, 1’, silencioso) • Hen Hop
(Canadá, 1942, 4’, sem diálogos). • Boogie-Doodle (Estados Unidos, 1940, 3’, sem diálogos) • Fiddle-de-dee (Canadá, 1947, 3’, sem diálogos) • Dots / Points (Estados Unidos, 1940, 2’, sem diálogos) • Scherzo (Estados Unidos, 1939, 1’, sem diálogos) • Loops / Boucles (Estados Unidos, 1940, 3’, sem diálogos) • NBC Valentine Greeting (Estados Unidos, 1939, 2’, sem diálogos) • Short and Suite (Canadá, 1959, 5’, sem diálogos)

  • Programa O ANIMADOR ENQUANTO MÚSICO (Exibição em DVD, 70’)
DIA: 1/3/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
A música foi uma das artes que mais influenciou Norman McLaren. Em um filme como Canon, o cineasta cria um visual equivalente à estrutura musical. O resultado apresenta humor e inventividade. McLaren foi também pioneiro no campo da música eletrônica, experimentando com sons sintéticos e criando trilhas sonoras diretamente nos filmes a partir de três técnicas diferentes: pintando a pista de som em película transparente, riscando o som numa película emulsionada e fotografando o som no filme.

The Animator as Musician / L’animateur musicien, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • Workshop Experiments in Animated Sound (test) (Canadá, 1957, 5’) • Loops / Boucles (Estados Unidos, 1940, 3’, sem diálogos) • Pen Point Percussion / À la pointe de la plume (Canadá, 1951, 6’) • Neighbours / Voisins (Canadá, 1952, 8’, sem diálogos) • Animated Sound Test (Canadá, versão de 1950, 3’, sem diálogos) • Le merle rehearses (unfinished film) (Canadá, final dos anos 1950, 3’, sem diálogos) • Canon, co-dirigido por Grant Munro (Canadá, 1964, 9’, sem diálogos) • Korean Alphabet (Canadá, 1967, 7’, sem diálogos) • Synthetic Music Experiments / Expérimentation de musique synthétique (test) (Canadá, anos 1950, 5’, sem diálogos) • Mosaic / Mosaïque, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1965, 5’, sem diálogos) • Test A for Synchromy (Canadá, anos 1960, 1’, sem diálogos) • Test B for Synchromy (Canadá, final dos anos 1960, 3’, sem diálogos) • Synchromy / Synchromie (Canadá, 1971, 7’, sem diálogos)



O Museu da Imagem e do Som de Campinas fica no Palácio dos Azulejos, na rua Regente Feijó, 859. A programação está sujeita a alterações. A entrada é franca e a sala possui 40 lugares.
Apoio 100% Vídeo.

sexta-feira, fevereiro 1

Festival de Curtas em Campinas

Ainda não tive chance de ir, mas agora, voltando de viagem, depois do carnaval, irei. O bar Sociedade Alternativa no Cambuí promove um festiva de curta-metragens. Sou fã de curtas desde que bem selecionados; curta por curta "alternativo" é só entrar no YouTube! De qualquer maneira, vale prestigiar a iniciativa e conferir.
A próxima edição é dia 18 de fevereiro, começando as 20:30. Um festiva está programado para o meio do ano. Mais informações na Gazeta do Cambui. Se alguém tiver mais informações por favor adicione um comentário.

Local: R. Dr. Sampaio Ferraz, Cambuí [mapa]

quinta-feira, janeiro 31

O Caçador de Pipas (2007)


Visto no cine Galleria.
Nota 5/5.
Mais informações no IMDb

Baseado no livro homônimo do escritor afegão Khaled Hosseini, Amir e Hassan são amigos de infância, aquele rico e da etnia dominante pashtun, este seu empregado e da etnia hazara. No Afeganistão dos anos 70, ainda livre da intervenção soviética e da milícia Taleban, vivem desafios que culminam numa separação. Depois de muitos anos, Amir, agora um escritor morando nos Estados Unidos, é chamado a voltar à sua região natal e reparar uma falha do passado.

Muitas das críticas que li a respeito do filme o acusam de não extrapolar o livro, de não buscar uma linguagem cinematográfica. Mas para um leigo espectador como eu, o filme se mantém bem estruturado, contínuo, amarrado por ótimas atuações. Uma trama permeada por tensões psicológicas, sociais e políticas. Lógica e infelizmente, por ser um filme hollywoodiano, deixa aparecer uma mensagem da grande nação norte-americana, o que não cabe na trama (e nem era necessária). Coisas do ofício...

Por fim, ambientado sem muita profundidade numa terra exótica e com uma temática comum a qualquer drama (amizade-ruptura-redenção, por exemplo), temos um filme muito bom e que fornece motivos suficientes para a leitura do livro.

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quarta-feira, janeiro 30

O Gângster (2007)

Nota: 4/5
Visto no Cine Galleria
Mais informações no IMDB

Não sabia o que esperar deste filme. Como sempre, evito trailers - não que não goste, é difícil resistir a tentação do trailer. É 1 minuto destilado e tudo de bom que o filme tem pra oferecer. Ha que se resistir a esta tentação para não perder justamente, o melhor do filme. Depois que descobri que se tratava de um filme de gângster em Harlem, não esperava que fosse ser tão parecido com a história dos mafiosi que aprendemos a admirar e adorar através de Copolla. O roteiro vai bem até o final, quando se apressa e resolve todos os dilemas com rapidez surpreendente. Parece tudo fácil demais para uma vida de crime tão complexa. Talvez a época era de maior ingenuidade criminal, mas creio que não. Russel Crowe consegue manter um ótimo sotaque americano (com deslizes) e Denzel, com a sua cara de bebê (a-la Brad Pitt) consegue impor respeito. O personagem do filme, se for mesmo uma reprodução fiel da verdade, é de meter ódio, medo, admiração, e horror. 

segunda-feira, janeiro 28

Garoto Cósmico (2007)




Visto no Cine Paradiso.
Nota 2,5/5.

Num futuro distante, altamente compartimentalizado, Cósmico, Luna e Maninho são crianças que vivem num planeta-escola onde são submetidos à "programação" para que se tornem adultos integrados à controlada sociedade. Após um rompante de curiosidade, os três amigos acabam por se encontrar com Giramundos, o dono de um circo que vai lhes mostrar que a vida não se trata somente de uma cadeia seqüenciada de eventos.

O grande mérito desta animação talvez esteja em constar nos cinemas, pois se trata de uma produção nacional. Extremamente barroca-científica, como diz no próprio cartaz, seu colorido atrai as crianças menores, apesar de tanta ladainha tecnológica. O filme peca pela vagareza, que acaba cansando os que já tem mais de 10 anos. Destaque para as vozes de Raul Cortez, no papel de Giramundos (seu último trabalho) e canções de Vanessa da Matta e Arnaldo Antunes. Valeu pelo domingo em família.

Pequena observação: a sessão das 16h30min no Paradiso quase não acontece por falta de gente. Infelizmente.

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domingo, janeiro 27

SESC e a história do cinema


Vale conferir no SESC Campinas até 6 de abril uma exposição sobre a história do cinema brasileiro, que já passou por Sampa. Terça-Sexta das 13:30-21:30, sabados, domingos e feriados das 9:30-17:30. Mais informações com o SESC Campinas.

sábado, janeiro 26

Meu nome não é Johnny (2008)

Visto no Cine Galleria
Nota: 3.5/5
Trailer no YouTube

Antes de ver o Cheiro de Ralo achava que Selton estava rotulado - todos seus personagens pareciam para mim como seu personagem em "Os Normais". Fala rápida, boas tiradas, senso de humor, desleixo. Depois do "Cheiro", mudei de ideia. Ele não consegue fugir desse rótulo em "Johnny", e tem momentos de recaída que remetem ao seu Normal, mas com amplas diferenciações e momentos onde o ator convence, como no "Cheiro", de que é um dos melhores da nova safra. Não li o livro, mas o roteiro me pareceu muito bem adaptado. A história flui bem, mesmo que saibamos desde o início qual será o provável desfecho. Cleo Pires, que me pareceu mais uma Global-Telenovela (leia-se, atriz medíocre), não se sai mal no filme e segura bem o seu papel. Nos faz lembrar de "Blow" (Depp) - porém retratando uma relação com drogas que não faz uso dos elementos favela e traficante, e não precisa subir ao morro para contar uma boa história baseada em fatos reais.

segunda-feira, janeiro 21

Voltamos

O CineCPS está de volta depois de longa viagem pelo caminho de Rondon e Machu Picchu. Vale ressaltar um novo link (direita, abaixo) para Paulinia Magia do Cinema, inscrições começarão em breve para cursos nas mais diversas áreas do cinema - vale a pena conferir.