quinta-feira, fevereiro 28

Retrospectiva de Cinema CPFL 2007

A Retrospectiva de Cinema CPFL 2007 reúne, entre os dias 3 e 20 de março, 13 produções estrangeiras e 11 nacionais. Dos brasileiros, destaque para Santiago (João Moreira Salles) e Jogo de Cena (Eduardo Coutinho) que desconstruíram a idéia de documentário ao incrementar-lhe pitada de ficção. E, por conta disso, reafirmaram porque são os dois melhores documentaristas do Brasil. Mas há outros filmes notáveis, como o tocante Mutum (Sandra Kogut), o hilariante O Cheiro do Ralo (Heitor Dhália) e o polêmico Baixio das Bestas (Cláudio Assis).

Entre os estrangeiros, a seleção inclui filmes de diversas procedências e alguns sucessos de bilheteria, como Ratatouille (Brad Bird e Jan Pinkava) e Homem-Aranha 3(Sam Raimi), e provoca a antiga tensão entre crítica e público. Se bem que, neste caso, houve concordância em quase tudo. Mas o cinema estrangeiro teve momentos grandiosos em 2007, a começar por A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima, do obstinado Clint Eastwood, e A Vida dos Outros, do alemão Henckel von Dennersmarck. Sem falar da volta triunfal de Alain Resnais, com Medos Privados em Lugares Públicos.

Com 24 filmes, a Retrospectiva revisita algumas das obras mais significativas de 2007. Mas não só: ela quer refletir sobre o cinema brasileiro com dois debates (nos dias 13 e 18) sobre mercado e estética, e, assim, fechar um círculo que mescla reflexão, prazer e emoção.


Por João Nunes – curador

João Nunes é formado em teologia e jornalismo. Fez diversos cursos livres de cinema, como documentário, roteiro e direção. É autor dos livros Partido ao Meio (romance) e As Mãos do Pelé (contos de futebol), ambos lançados pela Editora Pontes. Desde 1999 é crítico de cinema dos jornais Correio Popular, onde mantém há quatro anos a coluna semanal No Set, sobre cinema, e Diário do Povo, ambos de Campinas.

fonte: Espaço Cultural CPFL

segunda-feira, fevereiro 18

Tropa ganha o urso

Tropa de Elite venceu o Urso de Ouro em Berlin. Mais um ótimo filme brasileiro premiado no exterior. Veja os links ao lado para ler nossa crítica do filme de Padilha.

Mais informações no Estadão.

domingo, fevereiro 17

No Country for Old Men (2007)

Visto no Cine Jaraguá
Nota: 5/5

Não gosto de detalhar o que acontece nos filmes quando escrevo aqui. Acho que saber até o menor detalhe sobre o filme estraga a ida ao cinema. Prefiro ficar longe de trailers - e se tivesse tido a sorte, da tradução do nome deste filme para português - lastimável - por isso o título em inglês acima. O título fala demais, e ao mesmo tempo mente sobre o filme. Portanto, segue mais uma vez uma reflexão abstrata sobre o longa-metragem, que tem como objetivo convencer sobre o mérito cinematográfico dos irmãos Cohen, que na tradição de Fargo e Big Lebowski, fazem mais um majestoso filme.

O mais novo filme dos irmãos Cohen faz uma bela reflexão sobre a vida, as gerações, e a nossa (falta) de controle sobre o andar do mundo. Como em seus outros filmes, as premisas são quase insignificantes - não existe um grande dilema aparente a se resolver. Mocinhos e bandidos não são fáceis de identificar. Por conseguir construir personagens tão complexos, conseguimos entender ou ao menos simpatizar com as mais bizarras ações e reações que vemos ao decorrer da história. Neste filme, até os psicopatas tem palavra e uma ponta de ética em seu comportamento. Misturando gêneros, principalmente drama e suspense, o filme é mais uma demonstração da habilidade desta dupla de controlar o tempo do filme - nenhum diretor(a) atual o faz tão bem. As cenas como ou sem diálogo não ferem os personagens, e são uma extensão de sua personalidade. O filme transcorre com uma vagarosidade que não entedia, ao contrário - consome o espectador que não consegue sequer piscar, como se estivessemos diante de um filme de ação.

terça-feira, fevereiro 12

Mostra de Curtas no LUME

"Em fevereiro de 2008 a programação do LUME, normalmente composta de cursos, será incrementada com o TERRA LUME. Entre os dias 11 de fevereiro e 1º de março de segunda a quinta-feira a Sede do LUME estará aberta a todos com uma programação que inclui debates, mostra de vídeo, fotografia e apresentações musicais.

MOSTRA DE CURTAS

Em busca de refletir sobre a arte do ator a partir de distintos ângulos e com a possibilidade de novos intercâmbios o LUME Teatro realizará pela primeira vez em sua sede um projeto no campo do cinema com a exibição de curtas metragens."


Onde: Lume Teatro

qui 14/02 - 19h
qui 21/02 - 18h15min (+ intervenções performáticas)
qui 28/02 - 18h30min



fonte: site do LUME.

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sábado, fevereiro 2

Programação do Circuito MIS de Cinema (fevereiro/2008)

CICLO: “NOVO CINEMA ALEMÃO: Werner Herzog”
Curadoria: Celso Zenaro e Guilherme Bertin
  • “AGUIRRE – A CÓLERA DOS DEUSES” - (Aguirre, der Zorn Gottes)
Dia: 1/2/8 (sexta-feira ) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano: 1972 - (Alemanha)
Elenco: Klaus Kinski, Cecilia Rivera, Ruy Guerra, Helena Rojo, Del Negro
Sinopse: Primeiro filme da lendária parceria entre o cineasta Werner Herzog e o ator Klaus Kinski, Aguirre, a Cólera dos Deuses é uma das obras seminais dos anos 70. Em meados do século XVI, o conquistador espanhol Gonzalo Pizarro lidera uma expedição ao Peru, em busca de Eldorado, a mítica cidade do ouro. Um dos seus homens, Dom Lope de Aguirre, consumido pela loucura, sonha em conquistar toda a América do Sul.
100 minutos

  • “O ENIGMA DE KASPAR HAUSER” - (Jeder Für Sich und Gott Gegen Alle)
Dia: 2/2/8 (sábado) - 16h - Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano: 1975 - (Alemanha)
Elenco: Bruno S., Brigitte Mira, Walter Ladengast, Herbert Achternbush.
Sinopse: Baseando-se em registros históricos, Herzog nos conta o estranho caso de Kaspar Hauser, um jovem encontrado perdido numa praça em 1828. Ele não falava e não conseguia ficar em pé. Passara a vida inteira trancado num porão. Morando na casa de uma família alemã tradicional, Kaspar é pressionado a se adaptar ao “mundo exterior”.
Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes.
109 minutos

  • “CORAÇÃO DE CRISTAL” - (Herz aus Glas)
Dia: 8/2/8 (sexta-feira) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano:1976– (Alemanha)
Elenco: Josef Bierbichler, Stefan Güttler, Clemens Scheitz, Sonja Skiba
Sinopse: A história é bastante simples e carregada de simbolismos do romantismo clássico, inteiramente coerentes com a história cultural alemã. O filme se passa no século XVIII, em uma pequena aldeia da Bavária, especializada na produção de cristais. Herzog se dedica a mostrar o processo de decadência e desintegração daquele povoado após a morte do principal vidraceiro, que carrega para o túmulo a fórmula do famoso vidro vermelho da região.
93 minutos

  • FITZCARRALDO” - (Fitzcarraldo)
Dia: 9/2/8 (sábado) - 16h- Debate após a Exibição
Direção: Werner Herzog
Ano: 1982 - (Alemanha)
Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy, Miguel Ángel Fuentes.
Sinopse: No final do século XIX, no apogeu do ciclo da borracha, o aventureiro Brian Sweeney Fitzgerald sonha em construir um teatro de ópera na Amazônia peruana. Para realizar seu sonho, faz com que centenas de índios arrastem um barco a vapor de 160 toneladas pelo coração da selva amazônica. Vencedor do Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes.Um espetáculo grandioso dirigido com mestria pelo visionário Herzog.
158 minutos


CICLO: ”Direito dos Animais”

  • “A CARNE É FRACA"
Dia: 13/2/8 (quarta-feira) – 19h - Debate após a Exibição
Direção e imagens: Denise Gonçalves
Ano: 2004
Realização: Instituto Nina Rosa: Projetos por Amor à Vida.
Idealização: Nina Rosa Jacob.
Produção: Nina Rosa Jacob, Denise Gonçalves e Rita de Cássia Garcia.
Edição e imagens adicionais: João Landi Guimarães.
Projeto Gráfico: Ninah Belletato.
Trilha Sonora e Mixagem: Gustavo Martinelli
Classificação: 14 anos
Sinopse: Alguma vez você já pensou sobre a trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? Nós pesquisamos isso para você e contamos nesse documentário aquilo que não é divulgado. Saiba dos impactos desse ato – aparentemente banal – de consumir carne representa para sua saúde, para os animais e para o Planeta. Com os depoimentos dos jornalistas Washington Novaes e Dagomir Marquezi entre outros.
Duração: 56 minutos

  • “NÃO MATARÁS: Os animais e os homens nos bastidores da ciência"
Dia: 14/2/8 (quinta-feira) – 19h - Debate após a Exibição
Direção, roteiro e imagens : Denise Gonçalves
Idealização: Nina Rosa Jacob.
Produção Executiva: Nina Rosa Jacob, Denise Gonçalves e Rita de Cássia Garcia.
Edição: João Landi Guimarães.
Projeto Gráfico: Ninah Belletato.
Produção de áudio: Gustavo Martinelli
Imagens de laboratório: PETA: People for the Ethical Treatment of Animals, BUAV: British Unions for the Abolition of Vivisection.
Classificação: 14 anos
Sinopse: Produtos de limpeza, cosméticos, drogas. Um olhar abrangente sobre um sistema que mata mais do que salva. Os testes que põem em risco a sua saúde e ceifam a vida de milhões de animais. Será necessário? O uso de animais no ensino, o medo dos estudantes em expressar sua rejeição a estes métodos cruéis, a continuidade de um pensamento acadêmico já ultrapassado. Filósofos, cientistas e ativistas revelam o que é mantido em segredo. Depois de saber, você não será mais o mesmo.
Duração: 60 minutos

”NOVO CINEMA ALEMÃO: Wim Wenders”

  • “O ESTADO DAS COISAS” - (Stand der Dinge, Der)
Dia: 15/2/8 (sexta-feira) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Wim Wenders
Ano: 1982 - (Alemanha/EUA)
Elenco: Isabelle Weingarten, Rebecca Pauly, Geoffrey Carey, Roger Corman
Sinopse: Um produtor desaparece com os negativos durante as filmagens num hotel em Portugal. Sem dinheiro para continuar o trabalho, o diretor tenta achá-lo, mas encontra outros problemas. Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival de Veneza.
116 min - Preto-e-branco

  • “ASAS DO DESEJO” - (Himmel über Berlin, Der)
Dia: 16/2/8 (sábado) - 16h- Debate após a Exibição
Direção: Wim Wenders
Ano: 1987 - (Alemanha/França)
Elenco: Peter Falk, Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Otto Sander, Curt Bois.
Sinopse: Dois anjos, invisíveis aos olhos humanos, ajudam a proporcionar conforto para as almas sozinhas e deprimidas após estas passarem para o Outro Lado. Certo dia um deles passa a querer experimentar as sensações que somente os vivos possuem, e resolve abrir mão de sua imortalidade em troca de poder ser um deles. Ele logo descobrirá o amor em uma trapezista de circo. Prêmio de melhor direção no Festival de Cannes.
127 minutos

“NOVO CINEMA ALEMÃO: R.W. Fassbinder”

  • “O DESESPERO DE VERONICA VOSS” - (Die Sehnsucht Der Veronica Voss)
Dia: 22/2/8 (sexta-feira) - 19h – Debate após a Exibição
Direção: Rainer Werner Fassbinder
Ano: 1982 - (Alemanha)
Elenco: : Hilmar Thate, Rosel Zech, Cornelia Froboess, Annemarie Düringer
Sinopse: Vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim, “O Desespero de Veronika Vöss” é umas das obras-primas do cineasta alemão R. W. Fassbinder. Munique, 1955. Um locutor esportivo conhece a decadente atriz Veronika Voss, uma antiga estrela da UFA, a empresa cinematográfica da Alemanha Nazista. Ele começa investigar o seu passado e as razões que a levaram a se viciar em morfina.
105 minutos

  • “O MEDO DEVORA A ALMA” - (Angst Essen Seele Auf)
Dia: 23/2/8 (sábado) - 16h- Debate após a Exibição
Direção: Rainer Werner Fassbinder
Ano: 1974 - (Alemanha)
Elenco:. Brigitte Mira, Irm Hermann, Barbara Valentin, El Hedi ben Salem, Lilo Pempeit
Sinopse: Emmi, uma viúva de 60 anos, entra em um bar de Munique para escapar da chuva. É convidada por Ali para dançar, o que leva a um convite ao apartamento de Emmi, onde os dois passam a noite e começam a namorar. Porém, Ali é negro, muçulmano e 20 anos mais novo. Todos a sua volta começam a questionar e desprezar o envolvimento de ambos.
94 minutos

CICLO: RETROSPECTIVA NORMAN McLAREN
Promoção: Revista Eletrônica “NEGATIVO”
De 25/2/2008 à 1/3/2008


O Consulado Geral do Canadá e o National Film Board do Canadá (NFB) trazem ao Brasil a obra completa, em versão restaurada, do mestre da animação Norman McLaren. A Retrospectiva foi exibida primeiro na Cinemateca Brasileira (São Paulo) e agora viaja pelas principais capitais do país. Composta de 10 programas que reúnem e apresentam os filmes de McLaren a partir de diferentes recortes, técnicos e temáticos, a mostra inclui ainda um documentário sobre o cineasta, inédito no Brasil.
Pioneiro do cinema e fundador do departamento de animação do National Film Board of Canadá, Norman McLaren (1914–1987) é um dos maiores nomes da história do cinema de animação; um artista cujo brilho, criatividade e consciência social continuam a influenciar os cineastas até hoje. Desde as primeiras experiências cinematográficas na Escócia em 1933 até seu último filme no NFB em 1983, o conjunto das obras de McLaren revela talento e criatividade extraordinários, bem como profundas raízes humanistas.
McLaren era artista complexo e criador prolífico, e abriu novos caminhos e possibilidades dentro de um leque amplo de mídias e estilos. Foi um mestre do “filme direto” – ao desenhar e riscar no celulóide, criando até mesmo sons sintéticos ao desenhar sobre pistas ópticas sonoras. Abriu caminho na técnica chamada pixilation, na qual atores e objetos são filmados quadro a quadro e transformados em marionetes. Foi pioneiro na “música visual”, explorando novas maneiras para criar representações visuais da música que ele tanto amou, e outras vezes explorou o movimento puro. Cinema abstrato, surrealista, dança – nenhuma área ficou ausente da incansável imaginação de McLaren.
Norman McLaren, acima de tudo, era movido por um profundo compromisso com o pacifismo, os direitos humanos e a justiça social. Da mesma maneira como foi um inovador na forma, ele liderou a fusão da arte com a consciência social, e este legado inspirou gerações de cineastas engajados em questões sociais.
Restaurar os clássicos de McLaren foi um trabalho de amor de toda a equipe do NFB, reconhecido com um prêmio da Federação Internacional de Bibliotecas Audiovisuais e Comerciais, de Londres, para a Melhor Restauração ou Projeto de Preservação em Arquivos. Ao devolver estas estimadas obras para a grande tela, o NFB trabalha para que todo o mundo redescubra o gênio de um dos animadores mais influentes do Canadá e da história do cinema.

  • Programa MCLAREN CLÁSSICOS (Exibição em DVD, 75’) –
DIA: 25/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
As obras-primas de Norman McLaren – cuidadosamente restauradas por artesãos do National Film Board of Canada (NFB), e apresentadas em 35 mm – reluzem com um novo brilho. Os trabalhos foram restaurados usando materiais conservados no NFB, no Arquivo Nacional do Canadá e na Cinemateca de Quebec. Ao limpar as imagens e as trilhas sonoras dos filmes, os restauradores foram cuidadosos em respeitar o trabalho de McLaren, garantindo que os traços artesanais de suas obras permanecessem evidentes.

Norman McLaren's Opening Speech / Discours de bienvenue de Norman McLaren
(Canadá, 1961, 7’) • Stars and Stripes / Étoiles et bandes (Estados Unidos, 1940, 2’, sem diálogos) • Hen Hop (Canadá, 1942, 4’, sem diálogos) • Begone Dull Care / Caprice en couleurs, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1949, 8’, sem diálogos) • A Chairy Tale / Il était une chaise, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1957, 10’, sem diálogos) • Lines Horizontal / Lignes horizontales, co-dirigido por E. Lambart (Canadá, 1962, 6’, sem diálogos) • Blinkity Blank (Canadá, 1955, 5’, sem diálogos) • Le merle (Canadá, 1958, 4’, sem diálogos) • Neighbours / Voisins (Canadá, 1952, 8’, sem diálogos) • Synchromy / Synchromie (Canadá, 1971, 8’, sem diálogos) • Pas de deux (Canadá, 1968, 13’, sem diálogos)

  • Programa PRIMEIROS FILMES (Exibição em DVD, 77’)
DIA: 26/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
Em 1936, na Escócia, o jovem Norman McLaren participou de um festival de cinema amador. Seu trabalho foi notado por John Grierson, que era membro do júri. Grierson ofereceu a McLaren um trabalho na divisão de cinema dos Correios (GPO) de Londres, onde dirigia trabalhos criativos e inovadores. McLaren começou então a fazer experiências com técnicas de animação sem câmera, tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos (Love on the Wing é sua primeira obra-prima). Enquanto isso, Grierson foi para o Canadá fundar o NFB, e recrutou McLaren para a instituição em 1941. O resto, como dizem, é história.

Beginnings / Les débuts, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • 7 till 5 (Reino Unido, 1933, 13’, silencioso) • Camera Makes Whoopee (Reino Unido, 1935, 25’, silencioso) • Polychrome Fantasy (Reino Unido, 1935, 3’, silencioso) • Book Bargain (Reino Unido, 1937, 8’) • Mony a Pickle, co-dirigido por Richard Massingham e Alberto Cavalcanti (Reino Unido, 1938, 4’) • The Obedient Flame (Reino Unido, 1939, 10’) • Love on the Wing (Reino Unido, 1938, 4’, sem diálogos) • July 4th, 1941 (test), co-dirigido por Guy Glover e outros (Estados Unidos, 1941, 3’, silencioso) • Stars and Stripes / Étoiles et bandes (Estados Unidos, 1940, 2’, sem diálogos)

  • Programa A ARTE DO MOVIMENTO (Exibição em DVD, 80’)
DIA: 27/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
Norman McLaren começou sua carreira rabiscando e desenhando diretamente na película. Os filmes que dirigiu usando esta técnica demonstram seu senso inigualável de movimento. Ao assistirem estes filmes, os espectadores são atraídos pelo puro dinamismo que os fotogramas transmitem. Devemos a McLaren uma famosa afirmação: “O que acontece entre um fotograma e outro é mais importante do que o que acontece em cada fotograma”.

The Art of Motion / L'art en mouvement, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 3’) • Begone Dull Care / Caprice en couleurs, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1949, 8’, sem diálogos). • Lines Vertical / Lignes verticales, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1960, 6’, sem diálogos) • Lines Horizontal / Lignes horizontales, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá., 1962, 6’, sem diálogos) • The Making of Mosaic (test), co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá., 1960-2004, 1’, silencioso) • Mosaic / Mosaïque, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1965, 5’, sem diálogos) • Spook Sport, co-dirigido por Mary Ellen Bute (Estados Unidos, 1940, 8’, sem diálogos) • Fiddle-de-dee (Canadá, 1947, 3’, sem diálogos) • Le merle (Canadá, 1958, 4’, sem diálogos) • Le merle - tests and outtakes / Le merle - test et chutes (Canadá, 1948, 3’, silencioso) • Hoppity Pop (Canadá, 1946, 2’, sem diálogos) • Mail Early
(Canadá, 1941, 2’, sem diálogos) • Mail Early for Christmas (Canadá, 1959, 1’, sem diálogos) • Chaplin Test (Canadá, anos 1940, 1’, silencioso) • New York Lightboard Record (Canadá, 1961, 8’, silencioso) • Birdlings (test) (Canadá, 1967, 4’, silencioso) • Short and Suite (Canadá, 1959, 5’, sem diálogos)

  • Programa GUERRA E PAZ (Exibição em DVD, 71’)
DIA: 28/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
As hostilidades da Segunda Guerra Mundial afligiram muito o jovem Norman McLaren e uma linha pacifista surgiu em seu trabalho. Embora tenha feito filmes destinados a apoiar as tropas e promover o esforço de guerra, McLaren também ficou interessado na natureza dos conflitos, como podemos ver em trabalhos como A Chairy Tale e o famoso Neighbours. Sob o humor existe uma profunda preocupação pelo estado do mundo.

War and Peace / Guerre et paix, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • News for the Navy
(Reino Unido, 1937-1938, 11’) • Hell Unlimited, co-dirigido por Helen Biggar (Reino Unido, 1936, 19’, silencioso) • Snakes (unfinished film) (Canadá, versão de 1943, 1’, silencioso) • Keep Your Mouth Shut (Canadá, 1944, 2’) • Our Northern Neighbour (animated excerpt from "The Wook"), co-dirigido por Tom Daly (Canadá, 1944, 1’) • V for Victory (Canadá, 1941, 2’, sem diálogos) • 5 for 4 (Canadá, 1942, 3’, sem diálogos) • Dollar Dance (Canadá, 1943, 4’, sem diálogos) • A Chairy Tale – Tests and Outtakes / Il était une chaise - tests et chutes, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1956-1957, 4’, silencioso) • A Chairy Tale / Il était une chaise, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1957, 10’, sem diálogos) • A Chairy Tale – Alternate Ending / Il était une chaise - essai pour séquence de fin, co-dirigido por Claude Jutra (Canadá, 1956-1957, 1’, sem diálogos) • Neighbours / Voisins (Canadá, 1952, 8’, sem diálogos)

  • Programa PINTANDO COM LUZ (Exibição em DVD, 69’)
DIA: 29/2/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
s filmes que Norman McLaren fez com lápis de cera (La Poulette grise) e giz (Là-haut sur ces montagnes) demonstram notáveis efeitos de luz. Suas origens vêm da fascinação de McLaren pelo jogo de luzes que acompanha o movimento das nuvens no céu. Para McLaren, o movimento é, às vezes, sugerido pelas variações sutis da luz sobre os objetos ou as paisagens. Em outros filmes, como Blinkity Blank, seu trabalho com luzes lembra mais as pirotecnias.

Painting with Light / Peintre de la lumière, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • La Poulette grise (Canadá, 1947, 6’, sem diálogos) • La Poulette grise – test (Canadá, 1947, 4’, silencioso) • Là-haut sur ces montagnes (Canadá, 1945, 3’, sem diálogos) • Là-haut sur ces montagnes – test (Canadá, 1944, 1’, silencioso) • McLaren at Play (tests) (Canadá, anos 1940, 5’, silencioso) • Spheres / Sphères, co-dirigido por René Jodoin (Canadá, 1969, 7’, sem diálogos) • Blurr Test (Canadá, 1956-1957, 11’, silencioso) • The Flicker Film (unfinished film) (Canadá, 1961, 4’, sem diálogos) • Serenal (Canadá, 1959, 3’, sem diálogos). • Pinscreen Tests (Canadá, 1961, 1’, silencioso) • The Seasons / Les Saisons (unfinished film) (Canadá, 1966, 5’) • The Corridor (unfinished film) (Canadá, anos 1950, 1’) • Little Negro (unfinished film) (Canadá, anos 1940, 2’, silencioso) • C'est l'aviron (Canadá, 1944, 3’, sem diálogos) • Bounce Film (test) (Canadá, versão 1960, 1’, silencioso) • Doors (unfinished film) (Canadá, final dos anos 1950, 2’, silencioso) • Blinkity Blank (Canadá, 1955, 5’, sem diálogos)

  • Programa SURREALISMO (Exibição em DVD, 61’)
DIA: 1/3/2008 - 16 horas – Debate após a Exibição
Nos anos 0, Norman McLaren descobriu Fantasmagorie, de Émile Cohl, e A Night on Bald Mountain, da dupla Alexandre Alexeieff e Claire Parker. Ambos os filmes são construídos a partir de uma série de transformações ousadas e apaixonantes. McLaren foi também influenciado pelo pintor surrealista francês Yves Tanguy e em muitas ocasiões adotou uma estética surrealista – transferindo para os filmes as imagens de seu inconsciente. Além disso, alguns de seus trabalhos abstratos e semi-abstratos compartilham também de uma sensibilidade semelhante.

Surrealism / Surréalisme, de Éric Barbeau. (Canadá, 2005, 4’) • A Little Phantasy on a Nineteenth Century Painting (Canadá, 1946, 4’, sem diálogos) • A Phantasy (Canadá, 1952, 7’, sem diálogos) • Essai de paysage à la Tanguy (test) (Canadá., 1944, 1’) • Pen Drawings (test) (Canadá, anos 1940, 2’, silencioso) • The Head Test (unfinished film) (Canadá, 1944, 3’) • Serenal (Canadá, 1959, 3’, sem diálogo) • The Hypnosis Film (test) (Canadá, anos 1960, 1’, silencioso) • Begone Dull Care / Caprice en couleurs, co-dirigido por Evelyn Lambart
(Canadá, 1949, 8’, sem diálogos) • Love on the Wing (Reino Unido, 1938, 4’, sem diálogos) • Surrealistic Hand Drawing (unfinished film) (Canadá, 1939-1945, 1’, silencioso) • Hen Hop
(Canadá, 1942, 4’, sem diálogos). • Boogie-Doodle (Estados Unidos, 1940, 3’, sem diálogos) • Fiddle-de-dee (Canadá, 1947, 3’, sem diálogos) • Dots / Points (Estados Unidos, 1940, 2’, sem diálogos) • Scherzo (Estados Unidos, 1939, 1’, sem diálogos) • Loops / Boucles (Estados Unidos, 1940, 3’, sem diálogos) • NBC Valentine Greeting (Estados Unidos, 1939, 2’, sem diálogos) • Short and Suite (Canadá, 1959, 5’, sem diálogos)

  • Programa O ANIMADOR ENQUANTO MÚSICO (Exibição em DVD, 70’)
DIA: 1/3/2008 - 19 horas – Debate após a Exibição
A música foi uma das artes que mais influenciou Norman McLaren. Em um filme como Canon, o cineasta cria um visual equivalente à estrutura musical. O resultado apresenta humor e inventividade. McLaren foi também pioneiro no campo da música eletrônica, experimentando com sons sintéticos e criando trilhas sonoras diretamente nos filmes a partir de três técnicas diferentes: pintando a pista de som em película transparente, riscando o som numa película emulsionada e fotografando o som no filme.

The Animator as Musician / L’animateur musicien, de Éric Barbeau (Canadá, 2005, 5’) • Workshop Experiments in Animated Sound (test) (Canadá, 1957, 5’) • Loops / Boucles (Estados Unidos, 1940, 3’, sem diálogos) • Pen Point Percussion / À la pointe de la plume (Canadá, 1951, 6’) • Neighbours / Voisins (Canadá, 1952, 8’, sem diálogos) • Animated Sound Test (Canadá, versão de 1950, 3’, sem diálogos) • Le merle rehearses (unfinished film) (Canadá, final dos anos 1950, 3’, sem diálogos) • Canon, co-dirigido por Grant Munro (Canadá, 1964, 9’, sem diálogos) • Korean Alphabet (Canadá, 1967, 7’, sem diálogos) • Synthetic Music Experiments / Expérimentation de musique synthétique (test) (Canadá, anos 1950, 5’, sem diálogos) • Mosaic / Mosaïque, co-dirigido por Evelyn Lambart (Canadá, 1965, 5’, sem diálogos) • Test A for Synchromy (Canadá, anos 1960, 1’, sem diálogos) • Test B for Synchromy (Canadá, final dos anos 1960, 3’, sem diálogos) • Synchromy / Synchromie (Canadá, 1971, 7’, sem diálogos)



O Museu da Imagem e do Som de Campinas fica no Palácio dos Azulejos, na rua Regente Feijó, 859. A programação está sujeita a alterações. A entrada é franca e a sala possui 40 lugares.
Apoio 100% Vídeo.

sexta-feira, fevereiro 1

Festival de Curtas em Campinas

Ainda não tive chance de ir, mas agora, voltando de viagem, depois do carnaval, irei. O bar Sociedade Alternativa no Cambuí promove um festiva de curta-metragens. Sou fã de curtas desde que bem selecionados; curta por curta "alternativo" é só entrar no YouTube! De qualquer maneira, vale prestigiar a iniciativa e conferir.
A próxima edição é dia 18 de fevereiro, começando as 20:30. Um festiva está programado para o meio do ano. Mais informações na Gazeta do Cambui. Se alguém tiver mais informações por favor adicione um comentário.

Local: R. Dr. Sampaio Ferraz, Cambuí [mapa]