Nota: 4/5
É difícil ser rebelde hoje em dia, seguir princípios sociais e ao mesmo tempo transgredí-los. O filme segue a trilha de outros que exploram e investigam as cruas relações socio-economicas brasileiras. Os amigos (um negro e um branco) fazem parte da massa de pessoas batalhadores que são chamadas de classe-média. Não estão na merda, mas também não sobra nada, o famoso "aqui não tem fartura mas também não tem miséria"- estão sempre na luta. Nisso, o filme diverge de Cidade de Deus e Tropa de Elite, as referências neste assunto. Não fica no eixo playboy/favelado, usuários/forneceder. Essa "classe média" é um pouco de tudo, e é a massa que compõe o Brasil. Aos poucos percebemos como a vida "normal" dos rapazes está conectada com essa rede de relações entre pobres e ricos, os que estão mal e os que estão pior. Por causa de um encontro quase ao acaso, os rapazes tem que enfrentar cara a cara essas tensões sempre latentes. Caio Blat mais uma vez chama a responsabilidade e faz ótima atuação, daí a nota 4 para o filme que começa bem, tem ótimos momentos de humor, mas peca nos momentos sérios e de reflexão.
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