
Visto no Galleria
Nota: 4/5
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Não sei se é verdade, mas me parece que de cada 100 filmes que saem hoje, 1 é desenho uns 10 abusam tanto dos efeitos especiais que parecem desenhos, e outros 5 são baseados em quadrinhos. Nas telas da cidade, quase 30% dos filmes (ok, 3 filmes) são desta categoria. Recentemente tivemos que aturar algumas versões híbridas de péssima qualidade (Hulk), além de desenhos com o modelo Disney que chega a cansar (menino, mocinha, bandido). Quando eu achava que o modelo estava desgastado, aparece Wall-E, que por ser Disney, obrigatóriamente tem menino, mocinha, bandido. Graças aos produtores no entanto, o filme consegue inovar em outros tantos elementos de sua composição. Um robô se encontra em um futuro (próximo) onde o planeta terra, desabitado, virou uma grande pilha de lixo. O argumento consegue nos apresentar um visão distópica plausível... será que chegaremos a este ponto? Vai em linha com o recente interesse em temas relacionados ao meio-ambiente e tira a Disney dos temas fantasiosos e (mesmo quando bons) batidos do passado. A falta de diálogo presente no início do filme (o robô é sofisticado, mas não precisa falar!) é parte integral da estética do filme - prioriza a expressões e o envolvimento sentimental, o que é certamente uma desafio em um filme que não envolve seres humanos por boa parte do seu script. Um dos melhores desenhos dos últimos tempos, merece ser visto.
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