Visto no Jaraguá
Nota: 4/5
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O adolescente problemático Accio tenta afirmar-se, buscando suas bases na Igreja e no fascismo decadente. Seu irmão Manrico, seu oposto, é um carismático e ativo comunista. Este conflito familiar-ideológico é abalado por Francesca, namorada de Manrico e por quem Accio se apaixona. Neste filme italiano, faz-se um paralelo entre a vida da família de Accio e os acontecimentos sócio-políticos por quais passam a Itália entre os anos 60 e 70. Os grandes movimentos revolucionários que conhecemos dos livros, principalmente o Fascismo e o Comunismo, são personificados numa família operária do pós-guerra. A camêra no ombro passa a impressão da inconstância daqueles tempos, como também demonstra a conturbada relação que se estabelece entre os dois irmãos. Por um lado, fica o sentimento de que as posições fundamentalistas, no fim, de nada adiantaram. De outro, ao sair da sala de projeção, tudo está quieto demais... Sempre atual, só mesmo a família italiana e sua típica (e bem conhecida nossa ) "casa barulhenta"...
3 comentários:
Outro comentário, é como fica difícil demonstrar uma posiçao fascista nos dias atuais. Realmente, pode-se falar que o menino queria se auto-afirmar, tanto perante a família como pro seu amigo, quando a argumentaçao utilizada pelos 'convencedores' é rala e de fácil adesao pelo garoto. Talvez uma forma de se negar diante dos irmaos, comunistas, pois o garoto 'fazia o papel' em relaçao a família de renegado. O fascismo aí é algo que o garoto adere como luta para isso, muito além das crenças fascistas, que ele reproduz mas de forma rala, mais uma vez.
Concordo com o contraponto: Accio usa do fascismo como valor negativo em relação à família. Mas temos que tomar cuidado com essa argumentação rala da ultradireita, que apesar de perniciosa foi e é atuante no ideário italiano (no caso)...
Claro, né, mas meu comentário se restringiu ä argumentaçao do filme, que mostra Accio em um adesao rápida e atuante logo de início. Ia falar outra coisa, mas aí contava várias partes do filme. Melhor nao, né.
Mas enfim, se formos falar de fascismo no Itália, aí já é papo comprido demais (isso para ressaltar que me restringi ao filme).
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