quarta-feira, fevereiro 4

Super Night Shot (Ontem)

Fomos ao SESC ver a abertura do Feverestival (Festival Internacional de Teatro de Campinas) em sua 7a edição. A abertura ficou com Super Night Shot, que não era teatro, mas é internacional. O projeto é apenas um do grupo britânico/alemão chamado Gob Squad. O projeto foi importado e refeito em vários países e várias linguas. 

A premissa é a seguinte: 4 pessoas (uma delas, um herói), cada uma com uma função específica saem a noite com câmeras com o objetivo de combater o anonimato e o "um em um milhão" da cidade grande. Eles(as) tem 1 fita e 60 minutos de gravação contínua para fazer um filme envolvendo pessoas da cidade e cenas locais. 

A parte bacana: A estética do filme. A "peça" começou as 21:00 - e nos pediram para ficar de lado de fora do galpão, já que nossos "heróis" estavam chegando - fizemos um corredor, com direito a serpentina e muito barulho a medida que os heróis cruzavam a linha de chegada. Como não vejo trailer e não leio resumo - não sabia a razão de nada disso. Balela companheiros! Tudo tinha propósito - estavam chegando os 4 cinegrafistas e atores que naquele exato momento haviam terminado de filmar seus 60 minutos, e completavam o filme que seria exibido na sequência. Portanto - nada de teatro, era filme mesmo. Rodado em 4 telas paralelas e simultâneas, e uma mesa de som que distribuia na hora que o filme rodava - tudo improvisado e impressionante.

A parte não tão sensacional: O roteiro. Um "Super Night Shot" (SNS) depende de uma boa história e de pensamento rápido. Sabe-se lá quem vai cruzar o caminho dos 4 heróis. Não vi outros SNS para comparar mas o de ontem estava razoável e as vezes entediante. Metade dos atores era bom, todos tinham muita energia. Mas o roteiro ficou cansativo e teve intenção de criar emoções de anti-anonimato e "todos somos importantes" que não convenceram. Dançar no semáforo acompanhado de uma pessoa qualquer (disposta a esta loucura, a noite, na frente da rodoviária!) na frente dos carros foi genial. 

Em vários momentos parece que o filme vive pela estética e não consegue atingir a altura de seus objetivos e de sua ideologia.

É diferente. Só isso, pra combater o estéril cotidiano audiovisual. No final, fica claro o convite, que tal você também, viver ou fazer o seu SNS?

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